O batismo é um ritual de iniciação na vida cristã. Ele é a base do Cristianismo, o portal pelo qual o espírito faz sua passagem na direção de Deus e dos outros sacramentos. Segundo as religiões cristãs, o Homem é libertado do pecado e encontra o caminho da regeneração, ao lado de Cristo, através deste ato de imersão na água. O candidato à imersão é mergulhado na água, elemento purificador, aspergido com ela ou o religioso responsável pela cerimônia verte o líquido sobre sua cabeça. Os seres batizados são então transmutados em filhos do Criador.
Antes de Jesus, o profeta que veio anunciar a sua vinda, João Batista, eram quem batizava os que o procuravam em busca deste renascimento. Mas ele tinha consciência de que a prática deste ato era passageira, pois ele estava apenas preparando o caminho para que a missão do Messias se cumprisse, ou seja, para que o Cristo realizasse o verdadeiro batismo, com o Espírito Santo, segundo a Igreja. Em algumas religiões, o batismo é considerado um sacramento, o que significa que quem o recebe é imediatamente abençoado. Do ponto de vista da teologia católica, ele não somente proporciona ao iniciado ser inserido no corpo de Cristo, mas também é um meio de redenção.
O batismo está incluso em várias religiões, tais como o Catolicismo, as Igrejas Protestantes, os Evangélicos, os Unicistas, os Mórmons, os Adventistas do Sétimo Dia, as Testemunhas de Jeová e os Batistas. Em alguns grupos, o batismo é visto como uma lei, perdendo assim sua ligação com as questões religiosas. A água, desde tempos ancestrais, é vista como um elemento gerador de vida, associado, portanto, ao nascimento e à morte, seguida pelo renascimento. Assim sendo, o batismo também é imbuído deste duplo aspecto – através dele se morre e se renasce em Jesus Cristo.
Segundo o Luteranismo, o Batismo é água e Palavra Divina, mas não faz milagres. Ele é apenas o primeiro passo na caminhada da humanidade, que tem diante de si uma longa caminhada e um grande esforço regenerativo para empreender, evitando as antigas tentações que seduziram Adão e Eva. Portanto, a busca da renovação espiritual deve ser contínua. Lutero acreditava que a cada dia o homem deveria realizar seu batismo simbólico, ou seja, sua reforma interior. Todo momento que compõe a existência humana deve ser submetido a uma constante reflexão e transformação do ser. É na prática, assim, que se constrói o verdadeiro batismo, uma travessia pela vida. O batismo das crianças não tem como pré-requisito a sua percepção do significado deste ritual, nem a fé de alguém que ainda não teve tempo de adquiri-la, pois para Deus todos são seus filhos. Adultos que ainda não receberam esse sacramento também são aceitos pela comunidade e podem ser batizados, sendo anteriormente introduzidos à doutrina luterana.
Jesus não detinha o monopólio do batismo. Ele também enviava seus apóstolos para realizarem este ritual. Vemos isso em várias passagens do Novo Testamento. O batizado realiza uma aliança com Jesus, o que simboliza sua adesão ao Pai e sua inclusão na Igreja. Com o batismo, o homem demonstra seu arrependimento dos pecados, no caso dos adultos, e a consagração, quando se trata de crianças, ou seja, seu reconhecimento como membro do Reino de Deus. Os católicos vêem o Pentecostes como o momento em que Pedro recebeu as chaves que abrem as portas do céu e as abriu através do Batismo, meio de redimir as almas arrependidas em nome de Jesus. Já os protestantes afirmam que é Jesus o detentor destas chaves, que abrem o portal da morte e do inferno, e também defendem que Ele é a Porta.
Fontes
https://web.archive.org/web/20161113204451/http://www.auxiliadora.org.br/sacramentos/batismo.htm/
http://www.luteranos.com.br/sacramentos/batismo.htm
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/religiao/batismo/