Congestão nasal

Mestre em Ciências Biológicas (Universidade de Aveiro-SP, 2013)
Graduada em Biologia (Universidade Santa Cecília-SP, 2003)

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A congestão nasal, conhecido popularmente como “nariz entupido”, é um termo para designar um sintoma de alguma condição patológica. É caracterizado pela obstrução ao fluxo aéreo na cavidade nasal (há um acúmulo de muco), devido a um edema da mucosa do nariz causada por uma inflamação dos vasos sanguíneos, os capilares dilataram e a exsudação de plasma para a sub-mucosa.

É um sintoma usual em diversos processos inflamatórios e infecciosos que ocorrem no sistema respiratório, frequentemente em indivíduos com a rinite alérgica. Entre as causas mais comuns temos: a rinossinusite aguda, a rinite química, a gripe e resfriado (vírus e bactérias), uso de medicamentos, a polipose naso-sinusal, a doença autoimune e as alterações no clima.

Outras causas que resultam em congestão nasal: um inchamento sanguíneo dos vasos dos sinusoides cavernosos, influxo de células imunológicas, alergias, presença de pólipos, uso excessivo de anticongestionantes, desvio de septo, presença de corpo estranha na cavidade nasal, espessamento de mucosa, elevação muco secretado, alterações anatômicas (hipertrofia de cornetos nasais, atresia de coanas, entre outras), poluição atmosférica (fumaças, como a de cigarro), droga psicoativa (cocaína, por exemplo) e colapso valvular nasal.

A ventilação que ocorre nas fossas nasais pode ser comprometida pela ocorrência da massa nasal, há inchamento tecido nasal, e por isso há a sensação de que o nariz esteja “entupido”. A congestão nasal pode ter forma persistente ou intermitente, numa escala aguda a grave. Outros fatores que podem ocorrer durante uma congestão nasal: corrimento excessivo do muco nasal, coceira local, espirros, dor, vermelhidão ocular, febre, dor de garganta, dor de cabeça, dor facial, desconforto, e perda da acuidade olfativa, auditiva e paladar. A obstrução nasal pode comprometer as funções fisiológicas (aquecimento, umidificação e filtração) do nariz, bem como a qualidade de sono (provocando assim uma interferência na concentração durante o período diurno).

Alguns métodos para diagnosticar e avaliar a congestão nasal são: pico de fluxo nasal (verifica os fluxos nasais que são inspirados e expirados), rinomanometria (avalia a pressão e o fluxo da cavidade nasal, durante a respiração, mesurando a resistência nasal), rinometria acústica (avalia a cavidade nasal, suas dimensões) e exames de imagem (a fim de verificar a anatomia da região nasal), tais como a tomografia computadorizada, ressonância nuclear magnética e endoscopia.

O tratamento adequado deve ser prescrito por um médico, que irá avaliar qual medicamento, os descongestionantes tópicos ou orais (atuam diretamente nos vasos), ou algum tratamento específico.

Alguns métodos que podem aliviar a congestão nasal são:

  • Ingestão de líquidos com temperatura elevada;
  • Aplicação de compressas quentes;
  • Limpeza cuidadosa no nariz;
  • Irrigação nasal com uma solução salina;
  • Aromaterapia;
  • Consumo de alguns tipos de alimentos, tais como o wasabi e chás de ervas para aliviar o desconforto;
  • Afastamento de ambientes com poeira;
  • Manutenção da cabeça elevada durante o sono;
  • Deixar o ambiente resfriado e com baixa umidade do ar.

Referências:

BRANCO-FERREIRA, M. et al. Congestão nasal em Portugal–epidemiologia e implicações. Revista Portuguesa de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial, v. 46, n. 3, p. 151-160, 2008.

MENDES, A. I.; WANDALSEN, G. F.; SOLÉ, D. Métodos objetivos e subjetivos de avaliação da obstrução nasal. Rev. bras. alerg. imunopatol. – vol, v. 34, n. 6, p. 235, 2011.

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