Músculo Liso

Por Marcelo Oliveira
Categorias: Anatomia, Histologia, Sistema Muscular
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O músculo liso é formado por células longas e fusiformes com um único núcleo central. Estas fibras musculares estão dispostas em camadas na parede do tubo digestivo, vasos sanguíneos, útero, etc, sendo revestidas e unidas por uma rede delicada de fibras reticulares.

Músculo liso. Foto: Polarlys [GFDL, CC-BY-SA-3.0 or CC-BY-2.5], via Wikimedia Commons

Apresenta externamente uma camada de glicocálix. Seu sarcolema tem um grande número de vesículas de pinocitose, enquanto que no sarcoplasma encontram-se mitocôndrias, retículo endoplasmático rugoso (RER), grânulos de glicogênio e aparelho de Golgi pouco desenvolvido, além da presença de miofilamentos de actina e miosina, dispostos em uma trama tridimensional e não organizados como nas fibras musculares estriadas.

O músculo liso pode ser dividido em dois grandes tipos:

O mecanismo de contração da fibra muscular lisa se dá através de deslizamentos dos miofilamentos. Sem túbulos T e com o retículo sarcoplasmático (RS) extremamente reduzido, essas fibras têm as numerosas vesículas de pinocitose desempenhando um papel importante na entrada e saída do íon cálcio.

A fibra muscular lisa, além da capacidade contrátil, pode sintetizar fibras colágenas, elásticas e proteoglicanas, neste caso seu reticulo endoplasmático rugoso é bastante desenvolvido.

O músculo liso recebe terminações nervosas do sistema nervoso autônomo simpático e parassimpático, e não possui placas motoras. Frequentemente, os axônios terminam formando dilatações no tecido conjuntivo localizado entre as fibras musculares lisas.

O músculo liso é responsável por movimentos peristálticos que são contrações lentas e involuntárias em ondas que deslocam o alimento pelo sistema digestório.

No indivíduo adulto, as células musculares lisas mantém a capacidade de se dividir o que permite a regeneração do músculo lesionado.

Leia mais:

FONTES:
Levada, Miriam M. O., Fieri, Walcir J. e Pivesso, Mara Sandra G.. Apontamentos Teóricos de Citologia, Histologia e Embriologia, São Paulo: Catálise Editora, 1996.
Guyton, Arthur C. e Hall, John E.. Tratado de Fisiologia Médica, Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.

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