Arte grega

Mestre em Artes Visuais (UDESC, 2010)
Graduada em Licenciatura em Desenho e Plástica (UFSM, 2008)

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Os gregos nos deixaram um vasto legado cultural nas mais variadas áreas, dando origem a uma das mais geniais civilizações o mundo antigo. A civilização grega foi formada por uma mistura de diversos povos nômades de origem indo-europeia que tinham em comum a língua e as crenças religiosas. Entre os principais grupos que habitaram a Península Balcânica, no sul da Europa, estão os micenenses, os dórios, os jônios e os eólios. Os gregos nunca chamaram a si mesmo de “gregos”, denominavam seu país de Hélade e, portanto se autodenominaram helenos. Os antigos gregos se sobressaíram especialmente nas artes. A pintura, a escultura e a arquitetura impressionam pela busca pela perfeição.

No que diz respeito à escultura os gregos buscavam a máxima aproximação com o real, especialmente nas figuras humanas, salientando os músculos, os nervos, veias e tudo mais que pudesse conferir realismo as obras. Os temas das esculturas gregas, frequentemente, envolviam objetivos religiosos como a representação de deuses e deusas esculpidos em mármore. As representações de figuras masculinas são em sua grande maioria nus, já as figuras femininas exibem um impressionante drapeamento das vestes.

As primeiras esculturas gregas, ligadas ao estilo arcaico, têm notável influência das estátuas egípcias, especialmente no que diz respeito à forma cúbica e a rigidez do corpo. No entanto, é na estatuária grega que se percebeu, pela primeira vez na história, a ousadia de um artista em produzir uma escultura em tamanha real sem que ela estivesse presa a um bloco de pedra, ou seja, fazer com que a figura ficasse de pé, separando a estátua da matéria bruta.

As esculturas do estilo clássico, ao contrário das do estilo anterior, começavam a ganhar movimento e expressão, atribuindo as estátuas mais vivacidade, diferente da rigidez implantada no estilo arcaico. Um bom exemplo é a escultura em bronze de Poseidon (460-450 a.c.) com 2,09m.

Poseidon (460-450 a.c.). Foto: Andronosh / Shutterstock.com

No estilo helenístico ou pós-clássico o realismo, a expressividade e o tratamento das vestes se acentuam, bem como a postura dos personagens que ganham um movimento significativo. A Vitória de Samotrácia (200-190 a.c.), com 2,41 metros de altura é o melhor exemplo desse estilo. Embora tenha sido produzida em mármore a obra passa uma incrível sensação de leveza.

Vitória de Samotrácia (200-190 a.c.). Foto: muratart / Shutterstock.com

No que se refere à pintura grega pode-se dizer que ela é um dos primeiros registros da arte grega, frequentemente encontradas em vasos de cerâmica com características geométricas – triângulos, círculos e formas em xadrez. Mais tarde, após o amadurecimento da técnica apareceram figuras humanas em meio aos elementos abstratos e figuras humanas e animais em composições mais elaboradas. Com frequência os vasos eram usados para fins religiosos como monumentos de túmulos, por exemplo, mas também atendiam a objetivos decorativos.

Os templos gregos são as referências mais lembradas quando falamos em arquitetura grega. Os templos gregos eram as casas dos deuses, assim, tinham a religião como principal finalidade. A principal característica arquitetônica dos templos era a simetria entre a entrada e os fundos. Os templos são identificados a partir de três ordens arquitetônicas, a saber: ordem dórica, ordem jônica e ordem coríntia.

A ordem dórica pode ser considerada a ordem básica, pois é a mais antiga. Dentre as características dessa ordem estão à rigidez e simplicidade. A ordem jônica se caracteriza especialmente por ser mais detalhada em contraste a ordem dórica, dando uma sensação de maior leveza para a construção. Já as construções da ordem coríntia são uma variação da ordem jônica, com maior número de detalhes decorativos.

Referências bibliográficas:
GOMBRICH, E.H. A história da arte. Rio de Janeiro: LTC, 2013.

JANSON, H. W e JANSON, Anthony F. Iniciação à história da arte, 2ªed. São Paulo, Martins, 1996.

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