Faraós

Mestrado em História (UFJF, 2013)
Graduação em História (UFJF, 2010)

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Os Faraós eram os reis que governavam o Antigo Egito. Embora o termo não fosse tão utilizado na época, hoje se trata todos os monarcas do Império Egípcio como faraós, mas é preciso lembrar que todos esses governantes tinham suas características próprias apresentando uma diversidade muito grande de intenções enquanto ocupavam o trono.

A palavra faraó tem sua origem no hebraico e significa “casa elevada”, inicialmente o termo servia para representar o palácio real e só depois que foi apropriado pela figura do monarca. A palavra ficou muito conhecida através do livro do Êxodo na bíblia, que popularizou a denominação do monarca do Egito. A imagem de tal rei mais comum que se tem é decorrente daquela que é transmitida pelos filmes de Hollywood, com o faraó cercado de escravos e de mordomias, mas na prática era bem diferente, o líder do Egito tinha que desenvolver várias funções e governava com o auxílio de uma equipe.

Os faraós eram os administradores máximos do Egito, cabiam a eles os cargos de chefe do exército, primeiro magistrado e sacerdote supremo. Para completar a máquina administrativa do Império, os faraós eram auxiliados por escribas, que eram responsáveis pela burocracia; generais e oficiais do exército, encarregados das guerras; uma espécie de primeiro-ministro, chamado de Tjati, e os sacerdotes, encarregados das práticas e crenças religiosas.

Segundo a mitologia egípcia, o deus Hórus havia governado o Egito por muito tempo, só depois que se estabeleceu o primeiro governo humano, no qual o monarca era um descendente direto de Hórus. A suposta linhagem divina tornava o faraó um ser sagrado no Egito, acreditava-se que seu sangue era composto pelos traços divinos do deus Hórus. A tradição aponta Menes como o primeiro faraó do Egito Antigo, o qual teria sido responsável por unificar o reino dividido, o que teria acontecido por volta de 3.100 a.C., embora haja suspeita entre os historiadores da existência de uma linhagem anterior.

Houve no Antigo Egito algo em torno de trinta dinastias, dentre as quais algumas tiveram trocas constantes de monarca, devido às crises políticas ou mesmo invasões de povos estrangeiros. Entre tantos faraós na história do Egito, alguns se tornaram especialmente reconhecidos no mundo todo e alguns exerceram governos extremamente marcantes e importantes. Assim, alguns merecem citações.

Tutmés I foi o primeiro faraó a ser enterrado no Vale dos Reis. Tutmés III realizou 17 bem sucedidas campanhas militares e conseguiu afirmar a hegemonia do Egito no Oriente Médio, conquistando a Núbia, grande fornecedora de ouro, e tributando os povos dominados. Amenófis III teve um reinado de paz e prosperidade e foi responsável por grandes trabalhos arquitetônicos. Amenófis IV mudou seu nome para Akhenaton e implementou no Egito a crença em uma religião criada por ele que era monoteísta, era casado com Nefertiti. Tutankhamon tornou-se faraó com 9 anos de idade e faleceu com apenas 18 anos, restaurou o culto aos antigos deuses. É muito famoso porque sua tumba foi encontrada intacta. Queóps foi o responsável pela construção de uma das pirâmides de Gizé, enquanto Quéfren foi por outra.

Também houve reinados de mulheres no Antigo Egito, embora as mulheres fossem submissas na sociedade os egípcios preferiam ser governados por elas, supostamente possuidoras de sangue divino, do que por homens que não o possuíssem. Entretanto a representação das rainhas muitas vezes era acompanhada por barbas longas, como símbolo de sabedoria. Em outros casos, como aconteceu com Hatshepsut, o reinado feminino era apagado da história do Egito por causa da insatisfação dos egípcios de serem governados por mulheres.

Em geral os reinados não duravam muito por causa das muitas guerras ou das crises políticas. Quando um faraó completava 30 anos no trono realizava-se uma festa para mostrar que o mesmo ainda tinha forças para continuar liderando o Império.

Se o primeiro faraó no Egito envolve ainda desconfianças, o último é consenso. Ptolomeu XV era filho de César e Cleópatra VII e pertencente à dinastia Lágida, identificado como o último faraó. O Egito foi invadido por vários povos e também dominado por Roma, não mais conseguiram se tornar um império independente.

Leia também:

Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Faraó
http://www.historiadomundo.com.br/egipcia/faraos-do-egito.htm

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