Povos Germânicos

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Os povos germânicos dividiam-se em numerosas tribos e receberam esse nome por habitarem a região da Germânia, que era uma região da Europa localizada além dos limites do Império Romano, mais precisamente entre os rios Reno, Vístula e Danúbio e os mares Báltico e do Norte.

No que se refere às origens étnicas do povo germanico, existem evidências coletadas por arqueólogos e lingüistas que levam a crer que, entre 1000 a.C. e 500 a.C., havia um povo ou um conjunto de povos que compartilhava uma cultura e uma estrutura social comum e que habitava a região que vai do sul da Escandinávia até o norte da Alemanha. A forte e duradoura permanência de tribos germânicas ao sul da Escandinávia é evidenciada pelo fato de não se terem encontrado localidade com nomes pré-germanicos na região, uma vez que apenas por volta de 2000 a.C. é que se tem notícia da chegada de uma língua indo-européia.

Uma curiosidade interessante é que os povos germânicos eram considerados "bárbaros" pelos povos romanos, nomenclatura essa que ficou bastante famosa. A palavra bárbaro, do grego bárbaroi, significa literalmente: estrangeiros, ou seja, que não comunicam-se por meio da língua grega e não compartilham a mesma cultura.

Ao trabalharem com as línguas germânicas, os lingüistas defendem que tratava-se de um grupo falante do idioma proto-germânico, esse idioma era um ramo diversificado das línguas indo-européias. Os aspectos culturais e político-econômicos dos germânicos indicam um povo que vivia em independentes e pequenas povoações e que possuiam uma economia muito baseada na pecuária e na agricultura de subsistência.

Entre o período de 600 a.C. e 300 a.C. o povo germânico deslocou-se para o sul devido a uma grande piora no clima da Escandinávia, onde o clima seco e quente do sul da Escandinávia tornou-se ainda mais àrido de maneira brusca. Essa mudança climática modificou de maneira violenta a flora, prejudicou as pastagem para o gado, levando as pessoas a mudarem seus modos de vida e a abandonar suas povoações. Movidos por essas grandes transformações, os germânicos passaram a focar sua economia na extração de metais, principalmente na extração de ferro de jazidas localizadas nos pântanos de turfas. O desenvolvimento da tecnologia para obtenção de minério de ferro acabou por promover a expansão desses povos para novos territórios.

A família era a estrutura social básica, de caráter monogâmico e cujo poder absoluto estava nas mãos da figura paterna. A partir das famílias existiam os clãs, que eram constituídos por meio da reunião de diversas famílias com ascendentes comuns. Após os clãs estavam as tribos, que eram formadas por um agrupamento de inúmeros clãs. Quanto à religião, eles adoravam as forças da natureza (o sol, o trovão, o raio, a lua, a água). Dentre os principais deuses cultuados, destacam-se Wothan (senhor do comércio, da guerra, dos mortos e das tempestades), Thor (protetor dos camponeses, que lançavam raios com seus braços) e Tiwaz (comandava o céu e dirigia as assembléias).

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Arquivado em: História
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