Afonso Pena

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Afonso Augusto Moreira Pena (Santa Bárbara, MG, 30 de novembro de 1847 — Rio de Janeiro, RJ, 14 de junho de 1909) foi um político mineiro, sexto presidente do Brasil.

Pena era filho de Domingos José Teixeira Pena, imigrante português que veio ao Brasil em busca de ouro, e da brasileira Ana Maria dos Santos. Estuda no Colégio do Caraça, dos Padres Lazaristas e alcança o bacharelado pela faculdade de direito de São Paulo em 1870. Entre os colegas de turma, estavam indivíduos renomados na história do Brasil como Rodrigues Alves, Ruy Barbosa e Castro Alves.

Depois de exercer a profissão de advogado por um breve período, Afonso Pena inicia a sua carreira política em 1874, ao tornar-se deputado por Minas Gerais. Foi eleito quatro vezes deputado entre os anos de 1878 a 1889, sempre como integrante do Partido Liberal. Durante o governo encabeçado por seu partido, que se iniciou em 1878, assume os cargos de ministro da Guerra, da Agricultura e da Justiça. Pouco depois da proclamação da república, Afonso Pena integra a Assembleia Nacional Constituinte, mas renuncia ao cargo como forma de protesto pelo gesto do então presidente Deodoro da Fonseca de dissolver o Congresso Nacional.

De 1892 a 1894 foi governador de Minas Gerais, o primeiro eleito pelo voto direto. Sua passagem pelo governo foi marcada pelo impasse da mudança da capital do estado, de Ouro Preto para Belo Horizonte. Em 1902, com o falecimento do vice-presidente eleito, Francisco Silvano de Almeida Brandão, Afonso Pena assume a função entre 1902 e 1906. Como parte do acordo conhecido como política do café-com-leite, onde paulistas e mineiros se revezavam no posto de chefe da nação, o nome de Afonso Pena torna-se a alternativa natural para a sucessão de Rodrigues Alves. De fato, o político mineiro é eleito, permanecendo na presidência entre 15 de novembro de 1906 e 14 de junho de 1909.

Em seu mandato houve a reafirmação Convênio de Taubaté, acordo firmado no final do governo Rodrigues Alves que dava ao Estado a obrigação de comprar os excedentes de café. O resultou disso foi um grande aumento da dívida externa brasileira, pois para cumprir tal tratado, o governo tinha que realizar empréstimos cada vez maiores. Afonso Pena preocupou-se basicamente em executar políticas que tinham como finalidade melhorar o negócio das elites rurais, como a criação de ferrovias e a modernização dos portos, além do incentivo à entrada da mão-de-obra imigrante nas lavouras.

Fora da política de apoio à cafeicultura, destaca-se a criação do Serviço de Proteção ao Índio, cuja direção foi entregue ao Marechal Cândido Rondon. Afonso Pena falece em pleno mandato, a 14 de junho de 1909, e é substituído pelo seu vice, Nilo Peçanha.

Arquivado em: Biografias
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