Oliver Cromwell

Mestra em História (UFRJ, 2018)
Graduada em História (UFRJ, 2016)

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Nascido em 25 de abril de 1599, Oliver Cromwell nasceu em uma influente família abastada. Por via paterna, ele era parente distante de Thomas Cromwell (c. 1485 – 1540), político e estadista que foi homem de confiança e primeiro-ministro do Rei Henrique VIII da Inglaterra (1491 – 1547) por vários anos até sua eventual execução. Quando Cromwell atingiu a maturidade, as fortunas da família já haviam se dissipado, e ele vivia com uma renda modesta como membro da nobreza rural.

Oliver Cromwell. Pintura de Samuel Cooper, 1656.

Quando tinha aproximadamente 30 anos, Cromwell tornou-se um fervoroso puritano. Ele venderia suas posses e planejaria escapar da perseguição religiosa ao ir para a Nova Inglaterra, mas acabou por candidatar-se a uma vaga ao Parlamento, iniciando assim sua carreira política e, pouco a pouco, firmando sua reputação em paralelo com a degeneração da relação entre o Parlamento e o rei Carlos I (1600-49), segundo monarca da Casa Stuart.

A crise chegou ao seu auge quando o monarca ordenou a invasão da Câmara dos Comuns para prender os principais líderes opositores; a cidade de Londres, contudo, se revoltaria e forçaria a fuga do rei, que então iniciou a organização do chamado Exército dos Cavaleiros, composto majoritariamente por membros da alta nobreza. Destacando-se por sua liderança nata e capacidade de organização, Cromwell assumiu o comando das forças reunidas pela Câmara dos Comuns para lutar contra o monarca. Na batalha de Edgehill, em outubro de 1642, ele esteve no comando de tropas pela primeira vez; outra batalha importante deste período seria a de Marston Moor, em julho de 1644, que marcou a primeira derrota significativa das forças realistas e deu ao Parlamento o controle do Norte inglês.

Em meio a uma liderança política controversa na Câmara dos Comuns, Cromwell lutou nas batalhas de Naseby e Langport, no verão de 1645, quando os dois últimos exércitos de Carlos I foram destruídos. Uma série de derrotas se seguiu até que, em abril de 1646, o rei se entregou ao exército escocês. Depois de meses de negociações, ele seria entregue à Inglaterra. Após vários anos em prisão domiciliar, Carlos I foi condenado à morte por um Parlamento em grande parte puritano após manobras por parte de Cromwell, e decapitado. Embora teoricamente seu filho exilado homônimo o tenha sucedido no trono, na prática seria Cromwell quem o seguiria ao instalar uma República inglesa. Em 1653, ele dissolveria o Parlamento, proclamando-se Protetor.

Depois de cinco anos de um governo autoritário, Oliver Cromwell faleceria de malária, deixando o centro político da Inglaterra vago e abrindo espaço para a restauração da Casa Stuart; afinal, seu sucessor formal, o filho Richard, foi mal preparado para as tarefas governamentais e renunciaria após poucos meses no comando da República. Posteriormente, em 1661, um corpo que pode ou não ter sido de Oliver Cromwell foi exumado e enforcado, com a cabeça depois sendo exposta no palácio de Westminster. Ainda hoje, ele é uma das figuras históricas mais controversas da história britânica.

Bibliografia:
http://www.olivercromwell.org/biography.htm
http://diplomatique.org.br/oliver-cromwell-o-mal-amado/
https://www.britannica.com/biography/Oliver-Cromwell
http://estoriasdahistoria12.blogspot.com.br/2013/01/30-de-janeiro-de-1649-execucao-de.html

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