Chromista

Por Kamila Aguiar Gabaldo
Categorias: Biologia
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Na década de 90, o Reino Fungi foi divido em três, sendo um deles o Reino Stramenopila. Em 2008, este reino passou a ser chamado Chromista. Os indivíduos do Reino Chromista são eucariontes, ou seja, têm as estruturas do núcleo separadas das demais por uma membrana, presença de flagelos com projeções e podem ser unicelulares ou pluricelulares.

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Alimentação

Algumas espécies desse reino são heterotróficas e outras são autótrofos fotossintetizantes. Estas últimas adquiriram os cloroplastos (com clorofila C) por endossimbiose secundária com algas vermelhas. Endossimbiose secundária, em palavras gerais, é aquela em que uma célula que já fez endossimbiose faz novamente.

Sistemática

O Reino Chromista é constituído pelos filos Hyphochytriomucota, Labyrinthulomycota, Oomycota, Bacillariophyta, Phaeophyta e Crysophyta.

Hyphochytriomucota

Os indivíduos desse filo são parasitas e ou sapróbios (se alimentam de matéria em decomposição), a reprodução assexuada é a mais conhecida e eles são encontrados tanto em ambiente terrestres quanto ambientes marinhos.

Labyrinthulomycota

São seres que vivem em ambiente marinho e de água doce, e também são parasitas de plantas e algas e sapróbios. Os indivíduos têm dois flagelos tendo também reproduções assexuadas e sexuadas.

Oomycota

Os oomicetos são organismos com parede celular de celulose que vivem tanto em água doce, causando doença em peixes, quanto em ambiente terrestre, que podem causar problemas em plantações de uva, abacaxi, tomate etc

Bacillariophyta

As diatomáceas fazem parte desse filo. Esses organismos são fotossintetizantes, têm a parede de celular de sílica toda ornamentada que é composta por duas partes (tecas ou valvas), chamada de frústula ou carapaça. Essa carapaça é utilizada para distinção dos indivíduos e espécies. São indivíduos unicelulares de vida livre que podem estar sozinha ou formarem colônias. Existe uma relação próxima com os indivíduos desse reino. Alguns produzem toxinas que afetam o cérebro dos humanos se ingeridas. Outros são usados para produção de cosméticos, tijolos e podem até serem indicadores da presença de gás e petróleo devido a deposição das frústulas.

Phaeophyta

Phaeophyta é o filo das algas pardas. Elas são conhecidas como algas pardas devido a coloração amarronzada que elas têm por causa da combinação entre a clorofila c e o carotenoide fucoxantina. Todos os indivíduos desse filo são pluricelulares e tem desde milímetros até metros de comprimento, como o caso das Kelps (algas que podem atingir até 60 metros). As algas têm estruturas especializadas para cada função como por exemplo os estipes (responsáveis pela sustentação) e os folíolos (responsáveis pela fotossíntese). Esse grupo tem grande valor ecológico e econômico. Ecológico, pois servem de refúgio para pequenos animais e econômico já que produzem estabilizantes para cerveja e alimentos embutidos.

Chrysophyta

As Crisófitas são as algas unicelulares, douradas e com parede celular de celulose ou escamas de sílica. Elas são responsáveis pela formação das marés marrons e, além disso, elas consomem bactérias de lagos e lagoas em ambientes podendo ser usadas para auxiliar na despoluição de corpos de água.

Referências bibliográficas:

Moreira, C. G. & Schoenlein-Crusius, I. H., Fungos em ambiente aquáticos continentais, 2010

Raven, Biologia Vegetal, 5 edição, 1996 – Páginas 228 a 242; 254 a 256

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