Como saber se seu filho precisa de fonoaudiólogo

MBA em Comunicação Corporativa (Anhembi Morumbi, 2009)
Graduada em Fonoaudiologia (PUC-SP, 2005)

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A maior parte das crianças começa a desenvolver suas habilidades de fala logo no primeiro ano de vida, quando dizem suas primeiras palavras. Até completarem dois anos, os meninos e meninas geralmente já pronunciam frases simples e têm um vocabulário de aproximadamente 200 expressões.

No entanto, cada criança tem seu próprio tempo. Algumas falam muito cedo e caminham sozinhas mais tarde. Isso é absolutamente normal! Ainda assim, a ansiedade para ver o filho ou filha falando gera muitas dúvidas nos pais sobre a necessidade ou não de um acompanhamento com fonoaudiólogos.

Se você também tem essa dúvida, atente-se para alguns sinais antes de marcar a consulta com um especialista. Confira alguns deles!

1. Meu filho tem mais de três anos, mas ainda não consegue se comunicar verbalmente

Ainda que cada criança tenha seu próprio ritmo, os especialistas consideram normal que, aos três anos, os pequenos e pequenas já consigam se expressar usando palavras compreensíveis aos demais.

Se o seu filho ou filha tem mais de três anos, mas ainda tem muita dificuldade na hora de se comunicar verbalmente, é interessante procurar um especialista para avaliar o caso e identificar se existe algum distúrbio de fala e como você pode ajudar.

Até os cinco anos, as crianças ainda têm certas dificuldades em pronunciar alguns fonemas ou palavras. De acordo com especialistas, depois dessa idade, se a criança ainda tem dificuldades muito acentuadas, é fundamental levá-la a um fonoaudiólogo.

2. Meu filho confunde sons quando fala

Existem alguns casos em que consultar um especialista pode ser essencial para o desenvolvimento saudável do seu filho. Se você percebe que a criança troca algumas letras, confundindo sons na hora de falar, é interessante conversar com um especialista.

Uma das trocas mais comuns – e que indica a necessidade de consultar um fonoaudiólogo – é das letras “B” pela “P” e “V” pela “F” (e vice-versa). Nos primeiros estágios de aprendizado, essa é uma troca comum, mas, se ela persistir, alguns exercícios de fonética podem ajudar bastante.

3. Seu filho tem rouquidão constante

Nem sempre a necessidade de levar nossas crianças a um fonoaudiólogo tem necessariamente a ver com distúrbios de fala e pronúncia. Esses profissionais também ajudam no tratamento de fatores físicos, como rouquidões.

Se o seu filho aparenta estar sempre rouco, marque uma consulta com o fonoaudiólogo de sua confiança. Esse pode ser um sintoma de uso inadequado da voz, como um esforço excessivo para pronunciar palavras.

A rouquidão constante, além de, por vezes, inibir a criança, deixando-a mais tímida, pode ter consequências físicas, como problemas nas cordas vocais e no desenvolvimento da voz.

4. Seu filho demonstra dificuldade para ouvir

Os fonoaudiólogos também ajudam a identificar problemas de audição. Se você tem percebido que o seu filho ou filha apresenta dificuldades de ouvir os sons ao redor, vale a pena considerar uma consulta.

Principalmente nos primeiros estágios de desenvolvimento, problemas de audição podem ser muito prejudiciais para a criança, afetando habilidades de fala e comunicação.

5. Distúrbios de leitura ou escrita

O acompanhamento com fonoaudiólogos não é algo restrito aos primeiros anos de idade da criança. Pode ser que as dificuldades de fala se perpetuem e sejam refletidas em distúrbios de leitura ou escrita.

Se você acha que esse é o caso de alguém da sua família, procure um especialista. O fonoaudiólogo poderá ajudar a identificar outros quadros, como a dislexia, e orientar pais e professores quanto a melhor forma de se comunicar com a criança e auxiliá-la em seu aprendizado!

6. Respiração pela boca

Um dos motivos mais comuns que levam os pais a procurarem fonoaudiólogos para seus filhos é a respiração inadequada. Se você nota que o seu pequeno ou pequena respira unicamente pela boca, considere procurar um especialista, evitando problemas no futuro.

A má respiração pode causar diminuição do paladar e mastigação inadequada, além de acentuar dificuldades de fala e comunicação. Com a ajuda de um especialista, seu filho fará exercícios para trabalhar a respiração, trabalhando articulações, lábios e língua.

Arquivado em: Comunicação, Educação
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