O câncer de rim ou câncer renal trata-se de uma neoplasia comum no rim de indivíduos adultos, com maior frequência entre os 50 aos 70 anos de idade, sendo os homens mais acometidos do que as mulheres (2:1).
A maior parte dos tumores renais, entre 40% a 60%, é descoberta por acaso, através de exames solicitados para investigação de outros problemas.
Dentre os tipos mais comuns de câncer renal estão o carcinoma de células renais e o carcinoma de células uroteliais da pelve renal. Esses nomes fazem referência o tipo celular a partir da qual o tumor se desenvolve.
Outros tipos também comuns de câncer de rim são:
- Carcinoma de células escamosas;
- Tumor de células justaglomerulares (reninoma);
- Angiomiolipoma;
- Oncocitoma renal;
- Tumor de Wilms (nefroblastoma);
- Tumor misto epitelial e estromal;
- Bellini duto carcinoma;
- Nefroma mesoblastocisto;
- Sarcoma de células claras do rim.
Já entre os tipos mais raros de tumores renais encontram-se:
- Adenocarcinoma de células claras;
- Linfoma renal;
- Carcinoma de células transicionais;
- Papiloma invertido;
- Teratoma;
- Carcinossarcoma;
- Tumor carcinóide da pelve renal.
Também há a possibilidade de tumor secundário no rim, resultante de uma metástase de uma neoplasia primária em outra parte do corpo.
As principais manifestações clínicas do câncer renal incluem aumento abdominal e/ou hematúria. Outros sintomas são perda de apetite, fadiga, febre, intensa sudorese e dor abdominal persistente.
Existem fatores de risco que elevam as chances de surgimento de câncer renal, como o fumo, histórico familiar de neoplasias no rim, obesidade, indivíduos que são portadores de alguma patologia renal que necessite de diálise, infecção pelo vírus da hepatite C e realização de tratamento prévio de neoplasias testicular ou cervical. Também existe a possibilidade da hipertensão representar um fator de risco.
O diagnóstico do câncer de rim envolve diferentes técnicas, como:
- Exame de sangue e urina;
- Exames de imagem, como ultrassonografia, tomografia computadorizada ou ressonância magnética podem evidenciar a presença do tumor ou de outras anormalidades;
- Biópsia renal.
Após o diagnóstico é feito o estadiamento da doença, o qual leva em consideração a extensão e fase do tumor, que é classificado em um estágio que vai do I ou IV, do mais brando ao mais severo, respectivamente.
O tratamento do câncer de rim depende do estágio em que o mesmo se encontra. Uma vez que habitualmente os tumores renais não respondem à quimioterapia e à radioterapia, estas duas formas de tratamento não são utilizadas. Caso não tenha havido metástase, o tumor é removido cirurgicamente, ou até mesmo o rim por completo (nefrectomia). Contudo, a cirurgia nem sempre é possível, pois o paciente pode apresentar algumas outras condições médicas que impedem a realização desse procedimento, ou então, pode haver metástase para diversas partes do corpo, impossibilitando a remoção do tumor.
Quando a cirurgia não é uma opção, outras técnicas podem ser utilizadas, como a crioterapia ou ablação por radiofrequência. Também há a possibilidade de realização de terapias biológicas ou imunoterapia.
No caso do tumor de Wilms, que acomete crianças, a quimioterapia, a radioterapia e a cirurgia são tratamentos aceitos, dependendo do estágio da doença.
Fontes:
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?65
http://www.projetodiretrizes.org.br/6_volume/11-CancerRenalTrat.pdf
http://www.mayoclinic.com/health/kidney-cancer/DS00360
http://www.macmillan.org.uk/Cancerinformation/Cancertypes/Kidney/
http://en.wikipedia.org/wiki/Kidney_cancer