Parkinsonismo

Mestre em Neurologia / Neurociências (UNIFESP, 2019)
Especialista em Farmácia clínica e atenção farmacêutica (UBC, 2019)
Graduação em Farmácia (Universidade Braz Cubas, UBC, 2012)

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O parkinsonismo é uma síndrome que tem como principal característica sintomas como tremores incluindo tremores de repouso muito notável nos membros superiores, rigidez muscular, rigidez das articulações do cotovelo, punho, ombro, tornozelo e coxa, instabilidade postural e hipocinesia que é um sintoma caracterizado pela diminuição da capacidade de realizar movimentos, ou simplesmente movimento corporal lento.

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Causas

A causa mais comum do parkinsonismo é o mal de Parkinson podendo ocorrer em 70% dos casos, mas podem ocorrer outras causas, por esse motivo o diagnóstico médico pode ser de difícil detecção e de acordo com Christine e colaboradores a média de erro na diagnose pode chegar até 24% e a distinção dos casos variam de acordo com o histórico do paciente e seus exames médicos realizados. Outros fatores não devem ser descartados para o diagnóstico correto do parkinsonismo atípico como a baixa resposta a terapias dopaminérgicas, hipotensão postural, demência, instabilidade postural precoce etc. A definição do mal de Parkinson pode auxiliar no contexto do entendimento e diferenciação. Clinicamente o mal de Parkinson é definido como desordem progressiva do movimento apesar de apresentar sintomas não motores severos. Em seu processo patológico o Parkinson é caracterizado pela perda de células neuronais dopaminérgicas na região da substância negra e pela presença de corpos de Lewy na região do mesencéfalo.

Existem diferentes tipos de Parkinsonismo, o parkinsonismo atípico que se trata de um grupo de doenças, incluindo o mal de Parkinson, que possuem como característica a neurodegeneração, diagnosticadas de acordo com as evidências clínicas apresentadas e resposta aos tratamentos farmacológicos. Outro tipo de parkinsonismo existente é o secundário cujas patologias que envolvem esse tipo de acometimento são de origens diferentes porém com características semelhantes ao Parkinson.

Diagnóstico

O diagnóstico da doença é necessariamente clínico e tem como base a verificação correta dos sinais e sintomas apresentados pelo paciente. Exames complementares também podem ser requisitados como a ressonância magnética, e a tomografia cerebral computadorizada por emissão de fóton único porém esses e outros exames que possam ser utilizados são para avaliação dos diferentes casos e auxiliam no processo de diagnose porém na maioria dos casos o diagnóstico por exames se torna desnecessário, visto que o quadro evolutivo clínico do paciente é típico.

Tratamento

O tratamento é em geral farmacológicos, e respondem consideravelmente bem, no entanto os tratamentos disponíveis atualmente no mercado agem com foco no sintoma do paciente e não com foco na cura do paciente, dadas as características multifatoriais do mal e ausência de drogas que evitem a progressão da neurodegeneração (degeneração de células nervosas), portanto esses fármacos são utilizados de maneira contínua. Em sua grande maioria estes medicamentos agem aumentando a disponibilidade de dopamina no sistema nervoso central diminuindo os sintomas apresentados pelo paciente. Em casos mais complexos onde a utilização farmacológica não é capaz de reduzir os sintomas apresentados são realizados procedimentos cirúrgicos com o intuito de reduzir os sintomas.

O acompanhamento com equipes multiprofissionais é sempre desejado, o acompanhamento com o médico sempre indispensável, e em conjunto com acompanhamento da utilização correta dos medicamentos com o farmacêutico, atividades físicas sempre acompanhadas por profissionais educadores físicos, fisioterapia, fonoaudiologia, tratamento nutricional e psicológico todos em concordância e acompanhamento dos profissionais relacionados às respectivas áreas.

De forma geral ainda não há estudos que realmente comprovem qualquer método de prevenção da doença, apesar de existirem métodos capazes de identificar precocemente a predisposição.

Fontes:

CHRISTINE, Chadwick W.; AMINOFF, Michael J. Clinical differentiation of parkinsonian syndromes: prognostic and therapeutic relevance. The American journal of medicine, v. 117, n. 6, p. 412-419, 2004.

Sociedade beneficiente Israelita Brasileira do Hospital Albert Einstein Acesso em: 25-09-19, Disponível em: https://www.einstein.br/doencas-sintomas/parkinson

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Arquivado em: Neurologia, Síndromes
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