Sintomas da doença de Alzheimer

Mestre em Neurologia / Neurociências (UNIFESP, 2019)
Especialista em Farmácia clínica e atenção farmacêutica (UBC, 2019)
Graduação em Farmácia (Universidade Braz Cubas, UBC, 2012)

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O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa progressiva irreversível, cuja qual há a perda constante de memória e de diversos aspectos cognitivos. Em geral, o primeiro aspecto clínico é a deficiência da memória recente, enquanto as lembranças remotas são preservadas até determinado ponto da doença. O Mal de Alzheimer é caracterizado pela morte neuronal nas regiões cerebrais como por exemplo o córtex, o hipocampo, córtex entorrinal e estriato ventral. Os indivíduos portadores de Alzheimer incluem depósitos fibrilares amiloidais que são localizados nas paredes dos vasos sanguíneos que se associa a variedades de diferentes placas senis. O acúmulo de filamentos anormais da proteína tau, formação de novelos neurofibrilares, perda neuronal e sináptica, ativação da glia e inflamação também são comuns nessa doença.

Inicialmente a Doença de alzheimer se apresenta de maneira branda e seus sintomas primários estão relacionados a perda de memória, como essa doença é progressiva normalmente os sintomas vão aparecendo conforme as regiões comprometidas pela degeneração neuronal. É importante ressaltar que apesar do mal de Alzheimer apresentar demência como sintomas, normalmente esses são menos graves quando comparamos com a demência comum.

Em estágios intermediários e avançados da doença de Alzheimer aparecem os sintomas mais marcantes dessa doença, levando o indivíduo a ter alterações comportamentais, como comportamento agressivo, de fácil irritabilidade, ou fora dos padrões que este normalmente apresenta. Nestes casos também é comum pacientes portadores desse mal apresentarem alucinações e delírios relacionados aos sintomas psicóticos. Em muitos casos o paciente relata histórias do passado de maneira precisa e detalhada, porém não consegue se lembrar de fatos recentes de sua vida.

É importante lembrar que em muitos casos não há comprometimento do nível de consciência do portador de Alzheimer porém é importante que haja assistência a esses enfermos 24 horas por dia, pois mesmo aparentemente bem, os pacientes podem sofrer com distúrbios repentinos e até fugirem por acharem que não estão em local seguro.

Com o avanço da doença, em média de 5 a 10 anos depois do aparecimento dos primeiros sintomas, os pacientes podem perder capacidades motoras, neste estágio o mesmo permanece acamado. É comum alguns pacientes desenvolverem o Parkinson, doença também neurodegenerativa que compromete o controle do sistema locomotor, esta só aparecerá após o comprometimento de uma região chamada de substância negra, esta área é responsável pelo controle minucioso da contração muscular, nestes casos os portadores apresentarão, além dos sintomas do mal de Alzheimer, tremores.

Quanto mais cedo esses sintomas forem notados pela família do paciente, melhor será o prognóstico. Não há cura para o Alzheimer porém existem diversos tratamentos capazes de retardar o avanço da doença e quanto mais rápido se iniciar o tratamento menor será os sintomas ao longo do tempo. É de extrema importância seguir a terapia de forma correta e dar assistência a esses enfermos a todo momento, pois apesar de não haver cura, há melhora significativa na qualidade de vida desses pacientes.

Bibliografia:
FONSECA, Simone Rios et al . Perfil neuropsiquiátrico na doença de Alzheimer e na demência mista. J. bras. psiquiatr.,  Rio de Janeiro ,  v. 57, n. 2, p. 117-121,    2008 .

Forlenza OV, Caramelli P, editors. Neuropsiquiatria geriátrica. São Paulo: Atheneu, 2000.

Nagy Z, Esiri MM, Jobst KA, Morris JH, King EMF, Mcdonald B, et al. The effects of additional pathology of the cognitive deficit in Alzheimer disease. J Neurophatol Exp Neurol. 1997;56:165-70

Fuh JL, Wang SJ, Cummings JL. Neuropsychiatric profile in patients with Alzheimer's disease and vascular dementia. J Neurol Neurosurg Psychiatry. 2005;76:1337-41.

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