Destinação de resíduos

Por Júlia de Almeida Costa Montesanti

Mestre em Ecologia e Evolução (Unifesp, 2015)
Graduada em Ciências Biológicas (Unifesp, 2013)

Categorias: Ecologia
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A produção exacerbada de resíduos — aquilo que chamamos de lixo — é um dos grandes problemas causados pela sociedade moderna, especialmente se eles não tiverem destinação adequada. A fim de evitar a contaminação do meio ambiente, a disseminação de doenças e minimizar os impactos ambientais, existem normas que regulamentam a destinação final ambientalmente adequada de resíduos.

Segundo a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS, Lei Nº 12.305), entende-se por destinação final ambientalmente adequada a destinação de resíduos que inclui a reciclagem, a compostagem, a recuperação, o aproveitamento energético ou outras destinações admitidas pelos órgãos competentes do Sisnama, do SNVS e do Suasa, entre elas a disposição final (isto é, a distribuição ordenada de rejeitos em aterros), observando normas operacionais específicas de modo a minimizar os impactos.

Ainda segundo a PNRS a seguinte ordem de prioridade deve ser seguida na gestão e gerenciamento dos resíduos sólidos: não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento e, por fim, a disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos.

Reutilização e reciclagem

Se a geração de lixo é inevitável, a reutilização e a reciclagem são as melhores opções seguindo a lista de prioridades. A reutilização consiste em reaproveitar os resíduos sem transformá-los física, físico-química ou biologicamente. Já a reciclagem consiste na transformação de resíduos sólidos em novos insumos ou produtos, alterando suas propriedades físicas, físico-químicas ou biológicas. Para facilitar o encaminhamento para reciclagem, a coleta seletiva é importantíssima. Geralmente os materiais que são encaminhados para este processo são plástico, vidro, papel e metal. Alguns materiais não podem ser reciclados ainda por questões tecnológicas.

Papel recolhido e compactado em um centro de reciclagem. Foto: Antlio / Shutterstock.com

Tratamento

Existem diversas formas possíveis de tratamento de resíduos a fim torná-los menos agressivos para a disposição final. São exemplos de métodos de tratamento de lixo a compostagem, a digestão anaeróbica, a incineração e a pirólise.

A compostagem consiste num processo biológico aeróbio (isto é, que ocorre na presença de oxigênio) no qual a matéria orgânica é degradada, transformando-se em um produto que pode ser usado como adubo, o composto orgânico. Já a digestão anaeróbia é um processo biológico que ocorre na ausência de oxigênio e resulta na formação de gases e líquidos.

A incineração e a pirólise são processos no qual os resíduos são submetidos à queima em altas temperaturas. Mas, enquanto a incineração ocorre em ambiente rico em oxigênio, a pirólise se dá na ausência deste gás. Através desses processos é possível reaproveitar a energia liberada na queima para diversos fins.

Disposição final

Após esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação dos resíduos, os rejeitos devem ser dispostos em aterros sanitários.

Aterro sanitário finalizado (coberto com terra), em Malta. Foto: Miks Mihails Ignats / Shutterstock.com

Referências:

Consumo sustentável: Manual de educação. Brasília: Consumers International/ MMA/ MEC/ IDEC. 2005.

Lei Nº 12.305

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