Ecossistemas marinhos

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Quando pensamos em ecossistemas aquáticos, temos que ter em mente se tratar do maior dos grupos de ecossistemas, representando pouco mais de 70% da superfície do planeta, portanto os ecossistemas aquáticos foram ramificados de acordo com as características dos ambientes. Os ecossistemas marinhos surgiram e representam uma dessas ramificações, aonde se encaixam planícies abissais, regiões polares, mares profundos, fontes hidrotermais, manguezais, mares abertos, costões rochosos, oceanos, restingas, praias arenosas, e todo organismo que viva nesses ambientes.

A principal característica dos ecossistemas marinhos é o alto teor de sal das águas, alguns outros fatores também são característicos, mas não necessariamente estão presentes em todos os ambientes marinhos, são eles: marés, disponibilidade de luz, ventos rápidos, alta produção de O2 através de organismos vivos (principalmente em mares e oceanos).

Ecossistema marinho. Foto: Vlad61 / Shutterstock.com

Mares e oceanos são os principais produtores de O2 do planeta. Os responsáveis por esse feito são os fitoplânctons e as florestas de algas, além disso, mares e oceanos também influenciam no equilíbrio climático do planeta.

Muita gente confunde mares com oceanos, e o que pode diferenciar o que é um e o que é outro, é a profundidade do local, sendo os oceanos mais profundos que os mares (cerca de 3300 para um e 1000 metros para o outro), e também há a extensão dos territórios, pode ser usado como um outro parâmetro para diferenciar mares e oceanos, sendo os oceanos mais extensos que os mares.

A alta quantidade de O2 produzida no mar é possibilitada porque em determinado espaço de profundidade a luz do sol está presente, cerca de alguns metros da superfície da água. Esse espaço é classificado como zona eufótica. Além dela, existe também a zona disfótica, que permite a entrada de luz, mas de forma difusa, podendo alcançar até 200 metros de profundidade, e a zona afótica, que vem abaixo dos 200 metros, portanto sem luz alguma.

Como dito anteriormente, os ecossistemas marinhos possuem uma área superficial muito extensa dentro do planeta, e existe enorme quantidade de organismos vivos registrados, mas também muitas espécies não catalogadas (estes são aguardados por pesquisadores que ainda não conseguiram adentrar em áreas de dificuldade extrema para estudo). Dessa maneira, os seres marinhos estão classificados de três formas, são elas:

  • Plânctons - seres minúsculos, carregados pelas correntezas, estão divididos em fitoplânctons e zooplânctons.
  • Néctons – Animais que nadam livremente, presentes nesse grupo estão os mamíferos, os répteis, os peixes, etc.
  • Bentos – São seres que se mantem fixos ou com dificuldade de locomoção, ficam instalados no fundo do mar, podem ser eles as algas e os corais.

Os principais desafios que os ecossistemas marinhos enfrentam atualmente são: desenvolvimento mal planejado, poluição, práticas pesqueiras não-sustentáveis, impactos fruto de mudanças climáticas e exploração em geral. Pensando apenas em poluição física, em novembro de 2014 o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), divulgou que o prejuízo econômico causado por plásticos chegou a 13 bilhões de dólares naquele ano.

Curiosidades

  • De onde vem o sal? O sal que dá o gosto aos ecossistemas marinhos é proveniente de rochas. Essa produção de sal é lenta, mas contínua, de forma que conforme os anos continuem passando a água evapore e mude de ambiente, já o sal mantém-se, então a tendência é que a salinidade não diminua, pelo contrário.
  • Baleias da espécie cachalote podem mergulhar mais de 1,6 km (uma milha) abaixo da superfície da água.
  • Cavalos-marinhos machos podem dar à luz, em vez de cavalos-marinhos do sexo feminino.

Referências bibliográficas:
http://nationalgeographic.org/media/marine-ecosystem-illustrations-grades-3-5/
http://www.io.usp.br/index.php/oceanos/textos/ecossistemas-marinhos
http://www.globalgarbage.org.br/portal/tag/plasticos/
http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/ManualEcossistemasMarinhoseCosteiros3.pdf

Arquivado em: Ecologia
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