Polônio

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Polônio é o nome dado ao elemento químico de símbolo "Po", cujo número atômico é 84 e a massa atômica é 209 u. Dentro da tabela periódica, está posicionado entre os semimetais, e na natureza encontra-se em estado sólido. Seu nome é uma referência ao país Polônia, terra natal de Marie Curie, que trabalhando em conjunto com seu marido, Pierre, isolou pela primeira vez o elemento em 1898.

Na época, a Polônia ainda não existia como uma nação independente e, ao batizar o novo elemento dessa forma, Curie pretendia chamar a atenção para a crise enfrentada naquela região. Assim, o polônio foi, provavelmente, o primeiro elemento químico usado para divulgar uma situação política.

O polônio foi descoberto a partir da análise radioquímica da pechblenda (minério de urânio). Ao remover o urânio e o tório do minério, a pechblenda se tornava ainda mais radioativa, apresentando-se como um elemento químico diferente, ainda não conhecido.

Estátua de Marie Curie, descobridora do polônio. Foto: Roxana Bashyrova / Shutterstock.com

Trata-se de um metal muito raro, pois sua proporção na crosta terrestre é de cerca de uma parte em 1010, além do que, este ocorre na natureza como produto de decomposição radioativa do urânio, do tório e do actínio. As meias-vidas de seus isótopos variam de uma fração de segundo a 103 anos. O isótopo natural mais comum do polônio, o polônio 210, tem meia vida de 138,4 dias. O dióxido de polônio (PoO2) é mais básico do que os dióxidos de enxofre (SO2), de selênio (SeO2) e de telúrio (TeO2).

Elemento radioativo, o polônio possui características que o tornam perfeito para ser usado em crimes de envenenamento. Por ser um emissor de partículas alfa, a radiação do elemento possui curto alcance, sendo incapaz de atravessar paredes. A radiação do polônio pode até mesmo ser interrompida por uma folha de papel ou pela camada de células mortas da nossa pele, o que torna o elemento muito fácil de ser transportado, podendo ser levado, inclusive, em um pequeno pote de vidro bem fechado. É capaz de aniquilar um adulto com uma dose de apenas 1 micrograma. Com apenas 1 grama de polônio um terrorista seria capaz de matar 10 milhões de pessoas.

Entre o usos encontrados para o polônio na indústria, destacam-se a eliminação de eletricidade estática gerada na laminação de papel, na manufatura de laminados plásticos e na fiação de fibras sintéticas. Além disso, pequenas quantidades adicionadas as velas (eletrodos de ignição de motores de combustão interna ) melhoram o desempenho destes dispositivos. O polônio quando misturado ou em liga com o berílio pode ser empregado como uma fonte de nêutrons.

Bibliografia:
Polônio - Po. Disponível em: <http://www.quimlab.com.br/guiadoselementos/polonio.htm>. Acesso em: 19 mai. 2012.
Polônio - Po. Disponível em: <http://www.mspc.eng.br/quim1/quim1_084.shtml>. Acesso em: 19 mai. 2012.
Polonium - http://en.wikipedia.org/wiki/Polonium
Polônio. Disponível em: <http://www.tabela.oxigenio.com/outros_metais/elemento_quimico_polonio.htm>. Acesso em: 19 mai. 2012.
ARRUDA, Felipe. Polônio: o mais letal dos venenos. Disponível em: <http://www.tecmundo.com.br/quimica/15082-polonio-o-mais-letal-dos-venenos.htm>. Acesso em: 19 mai. 2012.

Arquivado em: Elementos Químicos
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