Selecionamos as questões mais relevantes da prova de vestibular UFPB 2008. Confira! * Obs.: a ordem e número das questões aqui não são iguais às da prova original.
Observe o mapa a seguir, verificando os pontos extremos do Brasil: norte, sul, leste e oeste. Um desses pontos, extremo leste, é a Ponta do Seixas, localizada na cidade de João Pessoa, PB.
(Adaptado de: VITTIELO; BIGOTO e ALBUQUERQUE, 2006, p. 16).
Com base nessas informações, é correto afirmar que a demarcação de um ponto extremo é importante, porque:
valoriza a questão sócio-ambiental da área; aumenta o nível de degradação ambiental; aumenta a temperatura média local.
amplia as relações sociais; transforma o lugar em espaço turístico ecológico; reduz o valor imobiliário da área.
facilita o geoprocessamento cartográfico; demarca o território; pode transformar esse ponto em espaço turístico.
melhora as condições sócio-econômicas da população residente; demarca a direção e o sentido das rodovias; estabelece as demarcações necessárias à elaboração dos mapas georreferenciados.
define a seleção dos pontos turísticos; estabelece a localização de portos e aeroportos; define os tipos de rodovia: federal, estadual ou municipal.
Escala gráfica, segundo Vesentini e Vlach (1996, p. 50), “é aquela que expressa diretamente os valores da realidade mapeada num gráfico situado na parte inferior de um mapa”. Nesse sentido, considerando que a escala de um mapa está representada como 1:25000 e que duas cidades, A e B, nesse mapa, estão distantes, entre si, 5cm, a distância real entre essas cidades é de:
25.000m
1.250m
12.500m
500m
250m
(Adaptado)
“O estudo dos domínios morfoclimáticos brasileiros ajuda-nos a compreender o quadro natural que compõe o território nacional. No entanto, principalmente no último século, a intensa ação promovida pelas atividades econômicas, a maioria de bastante impacto, modificou os aspectos desses domínios.” (VITTIELO; BIGOTO e ALBUQUERQUE, 2006, p. 75).
A respeito desses domínios, considere as afirmativas a seguir, assinalando as verdadeiras.
O domínio das coxilhas subtropicais, cobertas por pradarias mistas, apresenta o relevo suavemente ondulado e a vegetação dominante de campos de gramíneas.
O domínio das depressões semi-áridas nordestinas, cobertas por caatinga, caracteriza-se pelo predomínio do clima semi-árido e pelos rios temporários.
O domínio de planaltos subtropicais, recobertos por araucárias e campos de altitude, compreende as áreas de menores altitudes da região Sul do Brasil com vegetação de cerrado.
O domínio das regiões serranas, tropicais úmidas, com “mares de morros” florestados, apresenta morros com forma de meia laranja e é recoberto pela mata atlântica.
O domínio dos chapadões tropicais, recobertos por cerrados, possui rios entrelaçados, vegetação de araucária e clima subúmido.
A erosão, o desmatamento e as queimadas são fatores recorrentes de transformação da paisagem em função do uso do solo como recurso fundamental para as práticas de atividades humanas. Esses fatores são agentes causadores de impactos ambientais na agricultura de grande escala de produção. Nesse sentido, relacione os agentes citados na coluna da esquerda aos seus respectivos impactos ambientais descritos na coluna da direita:
A sequência correta é:
1, 5, 2, 4
1, 3, 4, 5
2, 4, 3, 5
3, 5, 4, 2
5, 2, 4, 3
(Adaptado) Leia o texto:
“Surgimos da confluência, do entrechoque e do caldeamento do invasor português com índios silvícolas e campineiros e com negros africanos, uns e outros aliciados como escravos. [...] nessa confluência tem-se um novo modelo de estrutura social. Novo porque surge como uma etnia nacional, diferenciada culturalmente de suas matizes formadoras. Povo novo ainda porque é fundado num tipo renovado de escravismo e numa servidão continuada ao mercado mundial.” (RIBEIRO, 1995, p. 9).
No texto, o autor descreve a formação social do povo brasileiro. Considerando a questão indígena e as informações apresentadas, assinale as alternativas verdadeiras.
Os povos indígenas, no processo de aculturamento citado, que teve início em 1500, sofreram genocídio (extermínio físico) e entrocídio (destruição da própria cultura, passando a falar outra língua e a professar nova religião).
As transformações identificadas na cultura indígena brasileira são decorrentes da nova reestruturação do seu papel na sociedade e da delimitação de seus territórios.
Oito grupos indígenas ainda existem, no Estado da Paraíba, distribuídos entre o litoral e o sertão. São eles: Caeté, Tabajara, Paiacu, Iró, Jandiú, Ariu, Sucuru e Chacó.
Os índios Caiapó não vivem mais na sua forma original, tendo em vista suas roupas e as relações comerciais e turísticas, que constituem fontes de renda no presente e que não existiam no passado.
Os grupos indígenas da Amazônia vivem, ainda hoje, na sua formação original, sem influência da cultura ocidental; o que mudou foi a delimitação de seus territórios, definidos pelo Governo Federal.
“Nunca os seres humanos agrediram tanto o meio ambiente como na atualidade. Isso resulta em problemas que tendem a comprometer a sobrevivência não só da humanidade, mas de todos os seres vivos.” (GARAVELLO e GARCIA, 2005, p.113).
Em relação aos problemas ambientais atmosféricos, é correto afirmar:
As ocorrências de chuvas intensas em algumas áreas, com enchentes e deslizamentos, e, em outras áreas, de secas acentuadas e prolongadas estão entre as mudanças decorrentes do El Niño.
A camada de ozônio caracteriza-se como um escudo protetor artificial da Terra contra o excesso de radiações solares.
O óxido nitroso, emitido pelo uso de fertilizantes, biomassa e combustíveis fósseis, é a principal fonte de emissão do efeito estufa.
O maior exemplo de problemas ambientais, proveniente da destruição das florestas tropicais, é a mudança climática nas áreas devastadas, contribuindo para o aumento da umidade relativa do ar.
A intensificação do efeito estufa, provocado pela vida moderna, é extremamente preocupante, pois causa, nas grandes cidades, o aumento da temperatura e a redução nas imensas áreas rurais cultiváveis.
Durante o período Neolítico, o homem aprendeu a domesticar plantas e animais, iniciando o que se costuma chamar de “Revolução Agrícola”. Sobre esse período da história humana, considere as seguintes afirmativas:
I. O início do Neolítico está diretamente ligado à transformação climática decorrente do fim da última glaciação, há cerca de 12.000 anos. O aquecimento da Terra levou à extinção de muitas espécies animais e vegetais, consumidas pelos antigos caçadores e coletores. Tais homens neolíticos, em decorrência, foram forçados a estabelecer novas formas de relacionamento com a natureza, manipulando e controlando a reprodução de animais como cabras e ovelhas, e plantas, como o trigo e a cevada.
II. Os exemplos mais antigos de povoações neolíticas foram encontrados no Oriente Médio, em sítios arqueológicos como Jarmo (Iraque) e Jericó (Israel). Tais povoações (e muitas outras) situavam-se na região conhecida como “Crescente Fértil”, onde já existiam, em estado selvagem, espécies que seriam domesticadas pelo homem do Neolítico, como a cabra e o trigo. A partir do Oriente Médio, migrações de agricultores e criadores de animais levaram a “Revolução Agrícola” a diferentes partes do mundo.
III. O homem, com o desenvolvimento da agricultura e da criação de animais, abandonou, de forma gradativa, o nomadismo e passou a viver em aldeias mais ou menos permanentes. Com isso, também se desenvolveu a acumulação de bens, tais como rebanhos, grãos armazenados em celeiros, objetos de trabalho (enxadas, foices, pedras de moinho), e objetos de prestígio, como adornos, cerâmicas decoradas e armas. Isso representou, por outro lado, um grande incentivo para o surgimento da guerra.
Está(ão) correta(s):
Apenas II e III
Apenas I e III
Apenas I
Apenas III
I, II e III
A religião do Antigo Egito caracterizava-se, entre outros aspectos, pela grande quantidade de deuses e pela forte crença na vida após a morte. Sobre essa religião, é correto afirmar:
Os cultos oficiais egípcios não tinham um caráter popular. As cerimônias eram realizadas em templos aos quais as pessoas comuns não tinham acesso. O povo preferia os rituais de adivinhação e cura, que respondiam aos problemas de sua vida cotidiana.
A grande quantidade de deuses representava a força dos cultos locais. Os egípcios tinham grande respeito pela diversidade religiosa e sempre procuravam preservar as diferenças entre os deuses de cada região do país, sem tentar unificá-los para todo o Egito.
Os egípcios não possuíam uma religião de fundo moral. Por isso, para se alcançar a vida eterna, era suficiente realizar, da forma mais correta possível, os ritos de mumificação, que preparavam o corpo para a vida após a morte.
Uma característica importante da religião egípcia era o grande valor dado à observação dos astros e à astrologia. Os sacerdotes eram grandes especialistas em fazer previsões com base no movimento de estrelas e planetas.
O faraó Amenófis IV, no século XIV a.C., realizou uma grande reforma religiosa, com o objetivo de unificar a religião egípcia em torno do culto de um único deus. Para isso, o faraó buscou o apoio dos sacerdotes do deus mais importante, Amon-Rá, de forma a impedir a adoração de outros deuses.
O filme Alexandre representou a vida do famoso imperador da Macedônia que constituiu um grande império, incluindo a Grécia, o Egito, a Síria, a Pérsia, indo até as fronteiras com a Índia. Alexandre foi educado pelo filósofo Aristóteles e o seu registro memorável na História deve-se, além de seus feitos militares, à difusão da cultura grega nas regiões do Oriente por ele conquistadas. Esse processo histórico-cultural, conhecido como helenismo, caracterizou-se pelo(a):
formação de uma nova cultura, sem elementos culturais gregos nem orientais.
desaparecimento das culturas orientais diante da cultura grega ou helênica.
conflito cultural irreconciliável entre a cultura grega e as culturas orientais.
desaparecimento da cultura grega diante das culturas orientais (persa e egípcia).
constituição de uma cultura diferenciada, com elementos gregos e orientais.
A cultura romana incorporou vários elementos de outras culturas, inclusive, na esfera religiosa.
Sobre a religião na Roma Antiga, considere as afirmativas a seguir:
I. Os romanos, apesar de monoteístas, aceitavam facilmente o culto de deuses de outros povos. Essa interação cultural pode ser explicada pelo fato do Estado romano, envolvido apenas com questões políticas, não ter se importado com assuntos religiosos.
II. A civilização romana praticava a tolerância e identificava-se com outros povos que cultuavam um único deus. Tais características foram fundamentais para a expansão do Cristianismo e sua adoção como religião oficial do Estado romano, no século II d.C.
III. A religião romana, politeísta, foi se diversificando à medida que Roma ganhava importância política e econômica. Assim como os exércitos incorporavam novos territórios, a religião romana foi absorvendo deuses e cultos de outros povos.
Está(ão) correta(s) apenas:
I
II
III
I e II
II e III