Fotoblastismo

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Por Mayara Cardoso

A ação da luz sobre o processo de germinação recebe o nome de fotoblastismo (do grego, photos, luz, e blástos, broto). Algumas sementes necessitam de luz para germinar, por isso, são chamadas de fotoblásticas positivas, outras, no entanto, não apresentam tal necessidade, sendo denominadas fotoblásticas negativas.

A capacidade de resposta das plantas a estímulos luminosos está associada ao fitocromo, uma proteína presente nas células vegetais. Essa proteína participa ativamente na germinação da semente de determinadas variedades: as sementes fotoblásticas positivas dependem da ação da luz porque, nelas a germinação é desencadeada pelo fitocromo Pfr (fitocromo vermelho longo), que é formado através da absorção da luz.

A dependência de um estímulo luminoso para a germinação é um valor adaptativo de sementes pequenas. A semente de alface, por exemplo, é muito pequena e suas reservas nutritivas também são baixas, por isso, devem ser plantadas perto da superfície do solo para germinar e começar a produção do seu próprio alimento o mais rápido possível.

Por outro lado, as sementes de muitas espécies são fotoblásticas negativas. Nesses casos, a luz inibe a germinação das sementes, fazendo com que as mesmas germinem satisfatoriamente no escuro ou quando plantadas mais profundamente no solo. A semente do Cucumis anguria, popularmente conhecido como maxixe, é uma espécie fotoblástica negativa.

Além das sementes fotoblásticas positivas e negativas, existem, ainda , as fotoblásticas neutras, que germinam tanto na presença quanto na ausência de luz. O milho e a aroeira são exemplos de espécies fotoblásticas neutras.

Entretanto, os fotoblastimos positivo, negativo e neutro não podem ser considerados como fatores invariáveis, visto que a resposta a estímulos luminosos de uma semente pode sofrer mudanças ao longo do tempo. As sementes secas não apresentam sensibilidade à luz, o que pode ser um indício alterações bioquímicas associadas a essa resposta. Sabe-se ainda, que se um tipo de semente for submetido a variações de períodos claros e escuros, passará a germinar satisfatoriamente sob a ausência de luz.

Referências:
http://www.joinville.udesc.br/sbs/professores/arlindo/materiais/Germinacao_e_dormencia.pdf
http://www2.ufpel.edu.br/cic/2008/cd/pages/pdf/CA/CA_00277.pdf
http://www.fisiologiavegetal.ufc.br/APOSTILA/DORMENCIA_GERMINACAO.pdf
http://www.ufpe.br/lev/images/downloads/aula_2_germinacao_sementes.pdf

Arquivado em: Fisiologia Vegetal
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