Curiosidades sobre a população brasileira

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De acordo com estimativa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2021 o Brasil passou a ter mais de 213 milhões de habitantes. Isso torna o país latino-americano um dos maiores do mundo em escala populacional.

Mesmo com as graves consequências advindas da pandemia do coronavírus, o número de brasileiros cresceu entre 2020 e 2021. Se no começo da crise contabilizava-se 211,8 milhões de pessoas, um ano depois houve crescimento de 0,7% (213,3 milhões). Porém, isso não deve ser utilizado como uma premissa para banalizar os efeitos da pandemia.

Quantidade x qualidade

Estudos realizados nesta área não são somente indicadores de quantidade, mas também apontam para mudanças sociais qualitativas ocorridas no país. Um exemplo de pesquisa que aponta para alterações deste tipo é a PNAD (Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios). A partir dela foi possível verificar que, em 2021, diversos aspectos relacionados ao Brasil sofreram alteração severa. Os mais impactantes estão relacionados a temas como: trabalho infantil, desigualdade de renda, analfabetismo e abandono escolar.

Analfabetismo

Entre os anos de 2013 e 2014, o índice de analfabetismo verificado no Brasil não havia sofrido muitas alterações, mantendo-se estável. Porém, a PNAD de 2021 verificou que somente no Nordeste 16% do total de adultos não sabe ler e escrever. No que se refere à faixa de homens no Nordeste, a estimativa é de aproximadamente 18% que não tem a capacidade da leitura. Ainda em 2021 foi verificado que 13,2 milhões de pessoas no Brasil todo eram analfabetas, cerca de 8% da população com mais de 15 anos.

Evasão escolar

A pesquisa aponta que, do total de brasileiros, 11% da população com 25 anos ou mais, não possui o mínimo nível de instrução ou estudou por menos de um ano. Do restante, 32% abandonou o Ensino Fundamental e não tem diploma. Somente 13% da população brasileira terminou o Ensino Superior. No que se refere às pessoas que, à época da pesquisa, estavam em alguma atividade profissional, 30% havia terminado o Ensino Médio e 26% não possuía sequer o Ensino Fundamental. Finalizando este grupo, 7% destes não possuía nenhuma espécie de instrução.

Trabalho de crianças

Entre os anos de 2013 e 2014, o índice de menores de idade e adolescentes (entre cinco e 17 anos) trabalhando aumentou cerca de 4%. Em 2021, foi verificado 3,3 milhões de adolescentes e crianças exercendo algum tipo de trabalho no Brasil. Este crescimento está na contramão de índices históricos que apresentavam diminuição desde o começo dos anos 2000. No ano de 2001, 12,7% representavam o trabalho infantil, apontando o crescimento resultante verificado em 2021. Entre 2001 e 2014, a taxa relacionada à ocupação entre jovens caiu em 8%. Isso apontava para um retardamento da entrada dos jovens no mercado de trabalho, o que pode significar uma melhoria da qualificação e também a falta de ocupação na área industrial, que decresce anualmente desde a década de 1980.

Desigualdade social

Segundo dados do IBGE (2004), o índice para medir a distribuição de renda (Gini) indicou que a renda média dos 10% mais pobres diminuiu em 2014 (0,7% de decréscimo em relação ao ano de 2013). Este índice aumentou 0,7% naquele período, indo de 0,475 para 0,478. Os 20% de brasileiros que recebem menos passaram a ter um aumento no rendimento. Já os 10% que recebem mais apresentaram diminuição de renda. O Sul do país é a região que apresenta a menor concentração de renda. Na região, o índice de Gini referente à distribuição do rendimento mensal real de todos os trabalhos ficou em 0,442. A região Nordeste lidera no que se refere à desigualdade de renda com uma faixa de 0,501.

Leia também:

Fontes:

https://www.gov.br/pt-br/noticias/financas-impostos-e-gestao-publica/2021/08/populacao-brasileira-chega-a-213-3-milhoes-de-habitantes-estima-ibge

https://brasilemsintese.ibge.gov.br/educacao/taxa-de-analfabetismo-das-pessoas-de-15-anos-ou-mais.html

https://censos.ibge.gov.br/2013-agencia-de-noticias/releases/28285-pnad-educacao-2019-mais-da-metade-das-pessoas-de-25-anos-ou-mais-nao-completaram-o-ensino-medio.html

https://g1.globo.com/saude/noticia/2021/11/25/expectativa-de-vida-do-brasileiro-ao-nascer-foi-de-768-anos-em-2020-diz-ibge.ghtml

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