Economia do Rio Grande do Norte

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O clima seco e os solos improdutivos do estado desenvolveram a economia potiguar em torno da criação de gado e da produção de sal marinho. No final do século XIX, as primeiras manufaturas têxteis foram instaladas no estado graças ao desenvolvimento do algodão, também conhecido como ouro branco, no sertão do Seridó. Atualmente, o turismo, a produção de energia elétrica e a extração mineral são algumas das atividades econômicas com forte impacto na economia estadual.

O Rio Grande do Norte fechou o ano de 2013 com um Produto Interno Bruto (PIB) de R$51,446 bilhões, sendo a 18ª economia do país. Entre os municípios com a maior produção econômica do estado estão: Natal, Mossoró, Parnamirim, Guamaré e São Gonçalo do Amarante. Já no critério PIB per capita, o Rio Grande do Norte tem o terceiro maior da região Nordeste com R$15.247,87. Na divisão do PIB por setor, os serviços lideram com 72,7%, sequenciados pela indústria (23,9%) e pela agropecuária (3,4%). Entre os destaques do estado perante a economia nacional estão a produção de sal marinho e de petróleo extraído da terra. Outro importante segmento econômico é a energia eólica em que o estado desponta por ter a maior matriz deste tipo de energia do país.

Os principais produtos da agricultura potiguar são: cana-de-açúcar, melão, banana, mandioca, melancia, mamão e coco-da-baía. O estado é o segundo maior produtor de melancia do Nordeste, além de liderar a produção de melão no Brasil – são mais de 232 mil toneladas da fruta colhidas anualmente. Entre os principais rebanhos potiguares estão a produção de galináceos, bovinos, ovinos e caprinos. Na aquicultura, o estado se destaca pela segunda maior produção de camarões do Brasil.

No segundo setor, destacam-se as indústrias de construção (38,4%), extração de petróleo e gás natural (16,7%), derivados de petróleo e biocombustíveis (9%), além da indústria de utilidade pública (7,1%) e dos alimentos (5,5%). Mais de 6700 empresas industriais atuam no estado, contribuindo com 0,9% do PIB industrial nacional. As produções de cerâmica e cimento são as maiores contribuintes do setor da construção. Já entre os produtos de extração mineral, são o petróleo e o sal marinho que se sobressaem. O estado é o maior produtor de petróleo em terra do país, além de ser líder nacional na produção de sal marinho. Cerca de 95% do sal marinho e 78% da produção total de sal do país advém do território potiguar.

A produção de energia elétrica por meio dos ventos é outra importante atividade econômica para o estado. Ao todo, o Rio Grande do Norte conta com 113 parques eólicos, responsáveis pela geração de mais de três gigawatts de energia. São mais de 1500 turbinas eólicas em funcionamento. A maioria destas usinas encontra-se situada na região do Mato Grande, mais precisamente nos municípios de Jandaíra, João Câmara, Parazinho, Pedra Grande, Rio do Fogo e São Miguel do Gostoso. Somente a potência eólica desta região é superior à de estados como Ceará e Rio Grande do Sul.

Por fim, a balança comercial potiguar fechou o ano de 2015 com saldo positivo. As exportações totalizaram US$318 milhões, enquanto as importações somaram US$247 milhões. Entre os principais produtos exportados pelo Rio Grande do Norte estão os óleos combustíveis, o melão e o sal marinho. Já entre os importados destacam-se os equipamentos para geração de energia eólica, o trigo e a castanha de caju. As exportações têm como principais destinos as Antilhas Holandesas, os Estados Unidos e a Holanda, enquanto os produtos importados advêm de países como Espanha, Argentina e Estados Unidos. À frente destas transações estão o Porto de Natal e o Terminal Salineiro de Areia Branca.

Referências bibliográficas:

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SANTOS, Patrícia Cardoso dos (et al.). Enciclopédia do Estudante: geografia do Brasil: aspectos físicos, econômicos e sociais. São Paulo: Moderna, 2008.

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