Fusos horários do Brasil

Graduado em Geografia (Centro Universitário Fundação Santo André, 2014)

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Os fusos horários são linhas imaginárias que se distribuem pelo globo terrestre percorrendo de um pólo a outro do planeta, semelhantes aos meridianos, porém criando faixas que englobam áreas para que possuam o mesmo horário de acordo com sua localização. Essas faixas de fusos horários foram criadas devido a necessidade de estabelecer um horário global, levando em conta o movimento de rotação da Terra, que é a volta que ela efetua sobre si em um período de aproximadamente 24 horas, fazendo com que cada parte de sua superfície receba incidência solar em um momento diferente. Com esse fator foi necessário estabelecer um horário global que varia de acordo com a posição da Terra, tendo como base de cálculos as linhas meridianas, e assim formulando as faixas de fusos horários entre 2 meridianos de referência.

Foi estabelecido que o Meridiano de Greenwich seria o fuso horário 0, sendo que a sentido oeste dele as faixas de fusos horários contariam -1 hora e no sentido leste seria +1 hora a cada fuso, totalizando 12 faixas para os dois sentidos.

As faixas de fusos nem sempre percorrem de maneira reta como as linhas meridianas, elas podem contornar o formato de alguns países para que fiquem integralmente com mesmo horário em todo seu território. Porém, os países com maiores dimensões territoriais acabam possuindo mais de um fuso horário, pois sua área ocupa ultrapassa vários meridianos, como é o caso do Brasil, Rússia, Estados Unidos, entre outros.

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Os fusos horários do Brasil

Representação que demonstra os quatro fusos horários brasileiros que vigoram atualmente e a diferença entre os limites teóricos e práticos. Ilustração: TimeZonesBoy / Wikimedia Commons

No caso Brasil devido sua grande extensão territorial ele possui quatro fusos horários diferentes: GMT-2, GMT-3, GMT-4 e GMT-5 (GMT = Greenwich Mean Time, o fuso "zero"). Cada uma dessas faixas estão distribuídas de acordo com a localização dos estados e áreas dentro do território brasileiro.

GMT-2

Na região das Ilhas como a de Fernando de Noronha, Trindade, Martin Vaz, Penedos de São Pedro e São Paulo e o Atol das Rocas e algumas outras menores que estão na área mais ao leste do Brasil se encontra o fuso horário de -2 horas (GMT-2), isso significa que essa região está 2 horas atrasada em relação ao Meridiano de Greenwich.

GMT-3

A maior área do país se encontra sob o fuso horário de -3 horas (GMT-3), registrado como o horário oficial de Brasília, contemplando dentro dessa faixa os estados de Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, o Distrito Federal, Goiás, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins.

GMT-4

O fuso de -4 horas está localizado na porção mais a oeste do Brasil, abrangendo os estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Roraima e parte do Estado do Amazonas que fica a leste da linha que, partindo do Município de Tabatinga, no Estado do Amazonas, segue até o Município de Porto Acre, no Estado do Acre.

GMT-5

O fuso de -5 horas foi estabelecido em 2013, pela Lei 12.876, e compreende o Estado do Acre e parte oeste do Amazonas (conforme descrito no parágrafo anterior).

Os fusos horários do Brasil compreendem então as transições das faixas de acordo com as distâncias de seu território em relação ao Greenwich, contando com os quatros fusos diferentes, porém assume como fuso horário oficial o de Brasília, que é o que corresponde a -3 horas de Greenwich e está presente na maior área do país, em 21 das 27 Unidades Federativas. Nesse sentido se Londres que está localizada no Meridiano de Greenwich estiver com horário de 10h, no Brasil poderá ser 8h na região de Fernando de Noronha, 7h nos estados que seguem o horário de Brasília,  6h AM (parte leste), MT, MS, RO e RR e ainda 5h no Acre e parte oeste do Amazonas.

Bibliografia:

ALVES, Andressa; BOLIGIAN, Levon; GARCIA, Wanessa; MARTINEZ, Rogério - Geografia: Espaço e Vivência 6ºano - 3 Ed. - São Paulo, 2009

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