População de Alagoas

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Invadido por portugueses, franceses e, posteriormente, por holandeses, Alagoas é marcado pela miscigenação. Com um alto potencial turístico, o território alagoano atrai anualmente uma vasta gama de turistas que buscam tranquilidade e descanso em suas belas praias. Mesmo com o largo desenvolvimento do setor de serviços, o estado carrega consigo índices muito negativos: a mais alta taxa de analfabetismo, o pior índice de mortalidade infantil e o mais baixo Índice de Desenvolvimento Humano municipal (IDHM) de todo o Brasil.

O estado de Alagoas possui 3.340.932 habitantes (est. 2015), distribuídos pelos 102 municípios do estado. Ao todo, oito regiões metropolitanas (RM’s) compõem o território alagoano. A maior parte da população de Alagoas (54%) está concentrada nas RM’s de Maceió e Arapiraca, essa localizada em meio ao Agreste Alagoano.

Segundo menor estado brasileiro em área, a densidade demográfica alagoana é a quarta maior do país, atrás de apenas de Distrito Federal, Rio de Janeiro e São Paulo. Para cada quilômetro quadrado do território alagoano existem 120,27 pessoas, número similar ao de países como Albânia e Polônia. No que se refere à população absoluta, os municípios mais populosos do estado são: Maceió (1.013.773 hab.), Arapiraca (231.035), Rio Largo (75.645), Palmeira dos Índios (73.878) e União dos Palmares (66.017). A taxa de urbanização do estado atinge 71,67% da população, o quarto menor valor do país.

O crescimento populacional do estado, assim como na média nacional, vem diminuindo ano após ano. Atualmente, a taxa de crescimento da população alagoana é de 0,58, muito abaixo da média nacional que é de 0,83. Isto porque o estado registra uma taxa de fecundidade de 1,95 filhos/mulher. Em 1991, a média do número de filhos por mulher no estado era de 4,04.

Na divisão por sexo, a maioria da população é composta por mulheres (51,66%). No que se refere à cor, 64,71% dos alagoanos se consideram pardos, seguidos por brancos (28,37%), pretos (6,62%), indígenas (0,23%) e amarelos (0,07%). Em relação à idade, 25,33% da população alagoana tem até 14 anos, ante 7,25% com 65 anos ou mais. Ao todo, 67,42% dos habitantes estão entre 15 e 64 anos, idade considerada apta para o exercício de algum tipo de atividade econômica.

Apesar do potencial turístico e da jovem população, Alagoas possui índices preocupantes a nível nacional, dentre eles a pior taxa de mortalidade infantil, a mais alta taxa de analfabetismo e o pior IDHM do Brasil. Para se ter uma ideia, a cada mil crianças que nascem no estado, 24 vão a óbito (a média brasileira é de 16,7). Entre as pessoas com 15 anos ou mais, 21,97% não sabe ler nem escrever. Outro fator agravante é a esperança de vida ao nascer. Alagoas apresenta a expectativa mais baixa entre todos os estados brasileiros: 70,8 anos (a média brasileira é de 75,1).

Economicamente, a população alagoana também sofre com os piores desempenhos do país. O valor do rendimento médio mensal (R$630) é o mais baixo de todo o Brasil. 63% dos alagoanos recebem até dois salários-mínimos por mês. Desses, mais de 2/3 ganham apenas um salário-mínimo ou menos. Tudo isso contribui para que o estado tenha o pior IDHM do Brasil: 0,631. Ainda assim, os valores são muito maiores do que os registrados em 1991 (0,370) e em 2000 (0,471).

Referências:
ALAGOAS em Dados e Informações. Disponível em: <http://dados.al.gov.br/>. Acesso em: 30 de julho de 2016.

ALMANAQUE Abril. São Paulo: Abril, 2015.

IBGE. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/>. Acesso em: 30 de julho de 2016.

PROGRAMA das Nações Unidas para o Desenvolvimento. Disponível em: <http://www.pnud.org.br/>. Acesso em: 30 de julho de 2016.

SANTOS, Patrícia Cardoso dos (et al.). Enciclopédia do Estudante: geografia do Brasil: aspectos físicos, econômicos e sociais. São Paulo: Moderna, 2008.

Arquivado em: Alagoas, Demografia
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