Igreja e Cultura Medieval

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Fortalecida desde o fim do Império Romano, a Igreja Católica teve sua influência ampliada quando os francos, tribos germânicas que adentraram o espaço do império romano, converteram-se ao cristianismo. No contexto das sociedades medievais, a Igreja respondia por muitos aspectos da unidade cultural como, por exemplo: fé cristã e língua latina. De acordo com o historiador Hilário Franco Jr., a Igreja sintetizou elementos da cultura romana e germânica, ao fazer isso, “forjou a unidade espiritual, essencial para a civilização medieval”.

Segundo Gilberto Cotrim, em seu livro História Global, os sacerdotes enriqueciam à custa de doações feitas pelos fiéis, que acreditavam receber, em troca disto, recompensas no pós morte. Cotrim ainda explica que as congregações religiosas controlavam um terço das terras cultiváveis européias e, por serem tão poderosas, impunham seus valores na vida dos cidadãos.

Além de influenciar a população com seus dogmas, a Igreja controlava também a educação. Ao final do século XII, as universidades estavam extremamente ligadas à Igreja, que influenciava diretamente no conteúdo passado aos jovens. As universidades de Roma, Coimbra, Oxford, Paris e Salerno eram as de maior destaque.

Além de ter sua cultura dominada pelos valores religiosos da Igreja, a cultura medieval é lembrada por diversos outros aspectos. Na arquitetura, os estilos românico e gótico marcaram época. O primeiro apresenta traços simples e rigorosos, muros bem reforçados, janelas estreitas e pilares grossos. Já o estilo gótico era mais leve, elegante e apresentava traços mais verticais. As janelas sempre recebiam ornamentos de vidro com mosaicos coloridos, além da boa iluminação, paredes angulosas, altas; e pilares mais extensos. Um bom exemplo da cultura arquitetônica gótica é a catedral de Reims, em Paris.

Na pintura, o domínio era de figuras humanizadas de divindades. Neste período destacam-se Giotto di Bondone, pintor e arquiteto italiano; e Cenni di Petro Cimabue pintor florentino e criador de mosaicos. Na música, houve também influência da Igreja, sendo o estilo sacro o de maior destaque. Nomes como Gregório Magno, introdutor do canto gregoriano; e Guido d’Arezzo, que batizou as sete notas musicais, foram extremamente importantes para o desenvolvimento da música erudita. Também se destacaram os trovadores e menestréis da música popular. Os primeiros eram compositores e poetas românticos “popularescos”, já os segundos eram os acompanhantes dos trovadores.

Outro campo que se desenvolveu bastante foi a literatura. Havia a épica, que contava histórias de heróis e suas aventuras; e a lírica, mais sobre sentimentos e emoções. Um grande nome da literatura medieval foi o italiano Dante Alighieri, com sua mais importante obra, A Divina Comédia. No campo filosófico, os nomes mais conhecidos foram: Santo Agostinho, Santo Tomás de Aquino e Roger Bacon.

Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Idade_Média
COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e geral. São Paulo: Editora Saraiva, 2005.

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