Período Helenístico

Mestrado em História (UDESC, 2012)
Graduação em História (UDESC, 2009)

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O Período Helenístico foi marcado pelo domínio do Império Macedônio sobre a Grécia. Localizados em uma região ao norte da Grécia, eram considerados bárbaros pelos povos gregos. Liderados por Felipe II conseguiram conquistar toda a Grécia em 338 a.C. marcando o início do período. Felipe morreu em batalha mas seu trono ficou para o filho, Alexandre Magno, que ascendeu ao poder em 336 a.C. Alexandre fora educado pela cultura grega e teve aulas com Aristóteles, o que marcou sua trajetória de conquista dos povos do oriente.

Alexandre Magno, que passou a ser conhecido como Alexandre, o Grande, foi o principal responsável pela cultura helenística que marcou o período. Além de manter os domínios já conquistados pelo pai, rumou em direção ao oriente conquistando novas terras e fazendo do seu império um império extenso. Após a morte de Alexandre, vítima de doença à época, seu império não se sustentou e foi dividido.

Busto de Alexandre, O Grande, esculpido em Alexandria aproximadamente 200 a.C., em exibição no Museu Britânico, em Londres. Foto: Spiroview Inc / Shutterstock.com

Alexandre Magno foi um importante nome do mundo antigo. O domínio macedônio e a expansão de Alexandre, o Grande, marcaram o que chamamos de Período Helenístico, que se estende desde a conquista da Grécia pelos macedônios em 338 a.C. até sua anexação pelos romanos em 146 a.C.

Ao herdar o trono de seu pai, Felipe II, Alexandre procurou manter os domínios já conquistados por Felipe e expandir seu poder. Foi um viajante conquistador que, por onde passou, dominou os povos e tratou de espalhar a cultura grega. Nas sociedades que conquistou estabeleceu a forma de vida grega e sua organização social. Assim, o período helenístico foi marcado pela mistura: dos povos conquistados do oriente com a cultura grega. Ao construir templos, ágoras e ginásios por onde passaram a cultura grega se expandiu. O centro desta nova cultura, um misto dos gregos e da cultura oriental, estava localizada no Egito, na cidade de Alexandria, que teve a maior biblioteca do mundo antigo: a biblioteca de Alexandria. No entanto, a cultura helenística continuou existindo, pois se caracteriza por ser o resultado da mistura das culturas gregas e dos povos orientais conquistados por Alexandre. Foi através dele que a cultura grega se expandiu e se alastrou pelo oriente. Os povos conquistados por Alexandre conviveram com a cultura grega assim como os gregos e macedônios conviveram com a cultura local, formando o que chamamos de helenismo. Ainda assim, há pesquisadores que afirmam que é preciso ter cuidado: a expansão da cultura grega e a sua apropriação entre as sociedades orientais se deu, especialmente, entre as suas elites, que frequentavam os espaços destinados à difusão da cultura grega. Foi neste período que a cultura grega, além de se colocar para s sociedades ocidentais através das ideias, se fez presente também na forma física. As esculturas são grandes marcas da cultura helenística: elas representam os corpos humanos e são meticulosamente detalhadas a ponto de representarem corpos em movimento.

O Império de Alexandre era bastante extenso. Ele conseguiu atingir lugares distantes e desejados por muitos: além do Egito, da Mesopotâmia, da Síria e da Pérsia, já conectados pelo mar com os gregos, Alexandre chegou à Índia.

Mapa mostra os domínios conquistados pelo Império Macedônio (Ilustração: Universidade do Texas. Historical Atlas by William Shepherd).

Após um longo período de profusão da cultura helenística, uma fusão de diversas sociedades e culturas – gregos, persas, egípcios – os romanos finalmente conseguiram dominá-los em seu projeto expansionista e acabaram com o antigo Império Macedônico.

REFERÊNCIAS:

FUNARI, Pedro Paulo. Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2002.

GUARINELLO, Norberto Luiz. História Antiga. São Paulo: Contexto, 2013.

Arquivado em: Grécia Antiga, História
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