Jorge Amado

Por Catarina Oliveira

Ensino Superior em Comunicação (Universidade Metodista de São Paulo, 2010)

Categorias: Biografias, Escritores
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Jorge Leal Amado de Faria foi um dos mais famosos escritores brasileiros da segunda geração do Modernismo. Com obras traduzidas para a maioria dos idiomas, recebeu vários prêmios e títulos honoríficos.

Nasceu em 10 de agosto de 1912 no município de Itabuna, na Bahia. Era filho de fazendeiros do cacau e foi enviado para estudar no Colégio Antônio Vieira, em Salvador. E foi em Salvador que passou sua adolescência de forma livre, convivendo com os mais variados tipos de pessoas e situações, fato que influenciaria a temática de suas obras.

Com 14 anos iniciou sua participação na vida literária, sendo um dos fundadores da "Academia dos Rebeldes".
A Academia tratava-se de um grupo de jovens que pregava uma arte moderna sem ser modernista, antevendo a ênfase social e realista que viria a surgir nos anos seguintes.

Em 1927, iniciou como repórter no "Diário da Bahia" e também escrevendo para a revista "A Luva". Com 19 anos e já residindo no Rio de Janeiro, publicou seu primeiro romance: "O País do Carnaval".

Ingressou na Faculdade de Direito do Rio de Janeiro e se formou advogado, mas nunca exerceu a profissão.
Estava em contato com nomes importantes da literatura como Gilberto Freyre, José Lins do Rego e Vinicius de Moraes.

Em 1933 lançou seu segundo livro: "Cacau".

Suas obras iniciais tinham cunho regionalista e de denúncia social, revelando o cotidiano de Salvador, como em "Mar Morto" de 1936. Essa abordagem também aparece em "Capitães da Areia", retratando a vida de menores delinquentes. Por seus relatos diretos e crus, o livro foi proibido na época pela censura do Estado Novo.

Em 1939 Jorge Amado foi redator chefe da revista carioca "Dom Casmurro" e em 1945 casou-se com a escritora Zélia Gattai, que passou a revisar suas obras e tirar fotografias de momentos importantes da vida do escritor.

Jorge Amado era politicamente comprometido com ideias socialistas e por este motivo foi preso duas vezes, em 1936 e 1937. Exilado, viveu na Argentina, França, República Checa e em outros países com democracias populares; retornando definitivamente para o Brasil em 1952.

Com o romance "Gabriela Cravo e Canela" lançado em 1958, recebeu os prêmios Jabuti e Machado de Assis.
Foi Membro da Academia Brasileira de Letras, sendo o quinto ocupante da cadeira número 23. Também foi membro correspondente da Academia de Ciências e Letras da República Democrática da Alemanha, da Academia das Ciências de Lisboa, da Academia Paulista de Letras e membro especial da Academia de Letras da Bahia.

Jorge Amado faleceu no dia 6 de agosto de 2001, com velório realizado no Palácio da Aclamação em Salvador. Foi cremado e suas cinzas depositadas ao pé de uma mangueira, na casa onde viveu durante anos na Bahia.

Algumas de suas obras foram adaptadas para a televisão, cinema e teatro. Ficaram conhecidas do grande público "Dona Flor e Seus Dois Maridos", "Gabriela Cravo e Canela", "Tenda dos Milagres" e "Tieta do Agreste".

Algumas obras:

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