Família Ericaceae

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A família Ericaceae se divide em 125 gêneros e 4 mil espécies, aproximadamente. É mais oportuno encontrar os indivíduos desta família em regiões mais frias, de elevada altitude e que tenham um solo mais ácido. Os maiores gêneros e os mais conhecidos são Rhododendron com uma média de mil espécies, e Erica com cerca de 850 espécies. Aqui nas Américas já foram encontradas e identificadas 900 espécies pertencentes à 45 gêneros distintos, sendo que em solo brasileiro apenas 100 espécies foram vistas até hoje.

Ericaceae
Ericaceae
Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Ericales
Família: Ericaceae

Em alguns lugares mais específicos, como os solos vulcânicos, esta família tem representantes dominantes. E isto se torna possível porque há uma associação mutualista vegetal-fungo, na qual a planta cede energia e carbono para que os fungos tenham como sobreviver enquanto em contrapartida eles captam e absorvem nutrientes e água do solo e os transferem para a planta.

As espécies do gênero Rhododendron tem forte apelo econômico, são as populares azaléias. Comercialmente fortes, servem principalmente para trabalhos de paisagismo ornamental e decoração. Outro gênero de forte importância econômica é o Vaccinum, no qual os frutos mais conhecidos são o mirtilo e o mirtilo vermelho, como nas figuras ao lado. Esta última tem como principal característica propriedades que dificultam a fixação de bactérias na bexiga, prevenindo as infecções urinárias. É lamentável que o uso seja pouco difundido no Brasil, o que encarece o valor dessas iguarias para quem busca seu consumo. Porém o hábito de seu consumo é bem desenvolvido na América do Norte, por exemplo.

Na natureza podemos encontrar as espécies da família Ericaceae, principalmente, sob a forma de arbustos. Em alguns casos menos freqüentes encontramos arvoretas, plantas saprófitas ou epífitas. Em todos os casos são polinizadas por abelhas e aves.

Morfologicamente, os indivíduos apresentam folhas alternas e simples, sem estípulas. Há também inflorescências que podem ser axilares ou terminais, do tipo racemo, panículo ou inflorescência de uma única flor. Normalmente, na maioria dos casos, as flores são bissexuadas, sendo que os órgãos masculinos amadurecem primeiro que os femininos, possuem quatro pétalas e são actinomorfas. Podem ser hipóginas (ovário súpero) ou epíginas (ovário ínfero). É possível observar a presença de 8 a 10 estames, as anteras com 1 ou 2 túbulos apicais. O ovários desses indivíduos pode ter de 4 a 5, e menos frequentemente até 10 carpelos, soldados entre si. O número de lóculos é o mesmo número de carpelos, e há a presença de muitos óvulos por cada lóculo.

Os frutos característicos podem ser do tipo cápsulas ou drupas.

Bibliografia:
http://www.freewebs.com/rapinibot/embriofitas/parte9.pdf
https://web.archive.org/web/20110814065144/http://www.meemelink.com:80/prints%20pages/prints.Ericaceae%20A-D.htm

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