Sapotaceae

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Sapotaceae é uma família representada basicamente por arbustos ou árvores e sua classificação é ainda confusa. Inicialmente, na árvore filogenética, Sapotaceae aparecia relacionada com a família Ebenaceae. Porém, com o passar dos anos e depois de muitas análises, inclusive de sequências de DNA, Sapotaceae foi inserida em outro ponto da árvore filogenética, desta vez se relacionando com Lecythidaceae.

Sapotaceae
Sapotaceae
Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Ericales
Família: Sapotaceae

Também é incerta a quantidade de gêneros e espécies atualmente descritas em Sapotaceae. As quantidades variam de acordo com os autores que a descrevem. O mais utilizado (ou mais aceito) atualmente é a designação de Pennington, que distribui esta família em 53 gêneros e 1.100 espécies. E estas espécies podem ser apreciadas principalmente nas áreas tropicais dos continentes, se adaptam melhor à este clima tropical.

Aqui em solo brasileiro podemos observar 14 gêneros e aproximadamente 200 espécies. Pouteria é o gênero que contém mais espécies identificadas e descritas atualmente, cerca de 325. Em seguida tem-se Palaquium com 110 espécies, depois Madhuca com 100 espécies. Os gêneros restantes tem números abaixo disso.

A polinização de algumas espécies acontece com o auxílio dos morcegos e mariposas, e em alguns casos até por peixes. A família Sapotaceae tem espécies economicamente interessantes e rentáveis para quem as comercializa. Pouteria mammosa, o manguito, assim como Manilkara zapota, o sapoti, são espécies de polpa doce e de sabor agradável, muito difundidas e comercializadas. Algumas outras espécies produzem o látex utilizado na elaboração de gomas de mascar. No gênero Manilkara temos uma atenção especial voltada para a produção de madeiras de lei, popularmente conhecidas como “maçaranduba”.

Morfologicamente, podemos observar nos exemplares desta família que espinhos ou até ramos podem originar-se de gemas basais, e não a partir do ápice. Também é característica desta família a presença de ductos lactíferos bem compridos responsáveis pela condução do látex. As espécies normalmente não apresentam estípulas, mas quando ocorrem são perfeitamente perceptíveis. Suas folhas estão dispostas alternadamente, são do tipo simples e inteiras e com uma nervação peninérvea. As inflorescências, com flores que podem ser uni ou bissexuadas, se apresentam sob a forma de fascículos cimosos axilares ou supra-axilares (supra=acima) ou caulifloros. Essas flores são normalmente pequenas, actinomorfas e hipóginas. Suas sépalas estão dispostas umas sobre as outras e em números de quatro a oito. Em algumas espécies podem aparecer livres ou contas em sua base.

As pétalas também aparecem em número de quatro a oito, compondo uma corola campanulada (lembrando um sino). É possível perceber que os estames são diferentes e estão incluídos na corola, e dependendo do ciclo podem estar em par ou em maior número, sendo férteis ou estéreis. Sendo que em pelo menos um ciclo serão estames férteis. O ovário é carpelar (número de lóculos igual ao número de carpelos), sincárpico. A estrutura do estilete é simples, pois só há 1 estilete nesta flor, logo apenas um óvulo por lóculo. O fruto é do tipo baga, com semente recoberta por um tegumento quase ósseo, podem ser grandes em sua maioria.

Bibliografia:
http://en.wikipedia.org/wiki/Sapotaceae
http://en.wikipedia.org/wiki/Polemoniaceae
http://www.freewebs.com/rapinibot/embriofitas/parte9.pdf

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