Sistema APG

Doutorado em Biodiversidade Vegetal e Meio Ambiente (Instituto de Botânica de São Paulo, 2017)
Mestrado em Biodiversidade Vegetal e Meio Ambiente (Instituto de Botânica de São Paulo, 2012)
Graduação em Biologia (UNITAU, 2006)

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Muitas classificações para as plantas foram propostas ao longo do tempo. As primeiras delas se iniciaram com Teofrasto (370-285 a.C.), que era aluno de Aristóteles, considerado o pai da Botânica. Ela era baseada no hábito das plantas, classificando os vegetais em árvores, arbustos, subarbustos e ervas (anuais, bianuais e perenes). Com o passar dos anos, outros estudos na área surgiram e novos critérios passaram a ser adotados para a classificação das plantas. Lineau (1707-1778) criou um sistema baseado nas características do aparelho reprodutor dos vegetais, ou seja, da flor, o qual considerava principalmente o número e a disposição dos estames. Esses sistemas ficaram conhecidos como sistemas artificiais, já que classificavam os organismos por meio de poucos caracteres morfológicos.

Após os estudos de Charles Darwin, em 1859, as semelhanças e diferenças entre os seres vivos foram analisadas de acordo com a sua filogenia, isto é, considerando as relações evolutivas. Esses sistemas muitas vezes são exibidos como árvores filogenéticas, que representam a relação genealógica entre os grupos de plantas. A metodologia utilizada para a classificação era baseada principalmente na morfologia e anatomia das espécies.

Atualmente, técnicas de biologia molecular estão sendo empregadas para a classificação das plantas. As vantagens são a facilidade na quantificação, a obtenção de uma grande quantidade de dados para as análises filogenéticas e a comparação entre organismos morfologicamente diferentes. O sistema atual de classificação baseado nesta metodologia é chamado de Sistema APG, sigla do inglês para Angiosperm Phylogeny Group. Ele foi publicado pela primeira vez em 1998 por um grupo de pesquisadores que estudavam a sistemática vegetal, que é a relação entre os diferentes tipos de plantas.

Uma nova versão do APG, denominada de APG II, foi publicada em 2002. Essa versão trazia as informações atualizadas após cinco anos de estudos. Foram realizadas inclusões de novas ordens e mudanças na circunscrição de famílias. Em 2003 foi lançado o APG III e, em 2016, o APG IV, o qual é o sistema de classificação utilizado no momento pelos pesquisadores. O sistema APG possui um site (http://www.mobot.org/MOBOT/research/APWeb/) que mantém atualizado a classificação das plantas.

Referências bibliográficas:

Martins-da-Silva, R.C.V.; Silva, A.S.L.; Fernandes, M.M. & Margalho, L.F. 2014. Noções morfológicas e taxonômicas para identificação botânica. Brasília: Embrapa, 111 p.

Raven, P.; Evert, R.F. & Eichhorn, S.E. 2007. Biologia Vegetal. 7ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 830 p.

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