Sujeito e predicado

Por Daniele Fernanda Feliz Moreira

Mestre em Ciências Humanas (CEFETRJ, 2014)
Especialista em Linguística, Letras e Artes (CEFETRJ, 2013)
Graduada em Letras - Literatura e Língua Portuguesa (UFRJ, 2011)

Categorias: Português
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São termos essenciais da oração o sujeito e o predicado. Sujeito é o termo da oração que indica o tópico da comunicação representado por pessoa ou coisa de que afirmamos ou negamos uma ação ou uma qualidade. O predicado é o comentário da comunicação, é tudo o que se diz na oração sobre o sujeito.

Temos:

Lima Barreto (sujeito) escreveu livros importantes (predicado).

Rio de Janeiro (sujeito) é uma cidade de contrastes (predicado).

As aulas (sujeito) começaram em fevereiro (predicado).

Podemos observar que nome + verbo equivale – enquanto estrutura sintática – ao binômio sujeito + predicado. Vale lembrar que, apontados o nome e o verbo, fica bastante fácil perceber que a frase se organiza em torno deles, não importando a ordem em que as palavras apareçam dentro da frase.

Observe que, as palavras abaixo sublinhadas são nomes e as grafadas em itálico são verbos ou locuções verbais:

Folhas caem.

As folhas caem sobre a calçada.

As folhas secas caem com o vento, sobre a calçada.

Com o vento, sobre a calçada, as folhas caem.

Estrelas estavam brilhando.

Ainda estavam brilhando as últimas estrelas.

Brilhando estavam ainda as últimas estrelas.

Sujeito Predicado
Folhas caem.
As folhas caem sobre a calçada.
As folhas secas caem, com o vento, sobre a calçada.
as folhas Com o vento, sobre a calçada, caem.
Estrelas estavam brilhando.
as últimas estrelas Ainda estavam brilhando
as últimas estrelas Brilhando estavam ainda

Ordem direta

Podemos afirmar que as palavras estão numa ordem direta quando na frase aparece primeiro o seu sujeito e depois dele vem o predicado.

As folhas secas caem sobre a calçada.

Ordem indireta

As palavras estão numa ordem indireta quando a primeira palavra da frase não é o seu sujeito. Assim, a frase pode estar iniciada pelo seu verbo ou então por um adjunto adverbial ou até mesmo por um complemento verbal.

Caem (verbo) sobre as calçadas as folhas secas (sujeito).

Ainda (adjunto adverbial) estavam brilhando as últimas estrelas (sujeito).

A estas penas (complemento verbal) nem o esquecimento (sujeito) cura.

É de grande importância ficar atento à ordem em que aparecem as palavras, principalmente quando a ordem é indireta, já que assim possibilita mais facilmente o reconhecimento do sujeito na frase. É importante também prestar atenção no verbo, pois na maioria das vezes ele concorda com o sujeito.

Omissão (elipse) do verbo

O verbo pode não ser repetido na oração seguinte. Observe o exemplo:

Margarida foi ao cinema e Joaquim ao museu.

Ou seja:

Margarida foi ao cinema e Joaquim foi ao museu.

A vírgula indicativa da omissão do verbo

Costuma-se indicar por vírgula a omissão do verbo:

“Dos meninos é próprio o aprender; dos mancebos, o empreender; dos varões, o compreender; dos velhos, o repreender.”

Vemos que no fragmento omitiu-se o verbo “é” e o adjetivo “próprio”.

Bibliografia:

DE OLIVEIRA, Ubaldo Luiz. A estrutura sintática da frase. São Paulo, Selinunte editora, 1986.

BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portuguesa. São Paulo, Nacional 1966.

 

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