Tartaruga-oliva

Por Thais Nogueira
Categorias: Répteis
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Tartaruga-oliva. Foto: Davdeka / Shutterstock.com

A tartaruga da espécie Lepidochelys olivacea, conhecida também como tartaruga-oliva é a menor de todas as espécies de tartarugas marinhas, com peso entre 35-50 kg, sendo uma espécie altamente migratória.

Sua carapaça possui de 6 a 12 pares de placas laterais justapostas, sua coloração pode variar de cinza claro a verde escuro com o seu ventre amarelo claro, sua cabeça possui 2 pares de placas pré-frontais e 3 pares pós-orbitais. O comprimento de seu casco mede 68 cm em média.

Sua distribuição é ampla sendo encontrada em bacias oceânicas tropicais e subtropicais, sendo provavelmente a espécie em mais abundância; as maiores colônias encontradas destes animais estão localizados em áreas costeiras do litoral do Sergipe, em algumas praias do litoral baiano e no norte do Espirito Santo.

Ainda não é conhecido o hábito alimentar e as áreas de alimentação dos juvenis desta espécie. Estes animais são carnívoros e se alimentam principalmente de salpas, peixes, moluscos, crustáceos, briozoários, ovos de peixe, águas-vivas e raras as vezes de algas.

A tartaruga oliva apresenta três tipos de desova: solitária, em pequenos grupos e em arribada (desova de milhares simultaneamente). As arribadas são registradas na Costa Rica, Nicarágua, Panamá, México, Suriname e Índia. No Brasil o principal sítio reprodutivo se localiza entre o litoral sul do Alagoas e o litoral norte da Bahia, com maior densidade de desova no estado do Sergipe.

A cada temporada reprodutiva as L. olivacea realizam de uma a três posturas e seu ciclo reprodutivo ocorre com intervalos de um a três anos; em cada postura realizada são depositados no ninho cerca de 100 ovos.  As principais ameaças segundo Castilhos (2011) é a captura incidental em artes de pesca, a destruição e descaracterização dos habitats reprodutivos (terrestres e marinhos), coleta de ovos em praias de desova, além da poluição marinha. A coleta de ovos para consumo pela população local ainda ocorre, porém em menores proporções.

Existem estratégias de conservação para esta espécie que se resume em monitoramento em áreas de desova, garantindo assim a proteção dos ninhos in situ, identificação das áreas de alimentação, implementando ações de conservação, manejo e pesquisa, assim como atividades de educação ambiental junto as comunidades costeiras onde a espécie ocorre.

Fonte:
http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/docs-plano-de-acao/pan-tartarugas/livro_tartarugas.pdfhttp://www.widecast.org/Resources/Docs/Brazil_tartarugas.pdf
http://www.anp.gov.br/meio/guias/sismica/refere/tartarugas.pdfhttp://www.tamar.org.br/interna.php?cod=90

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