Zimbábue

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A República do Zimbábue (em inglês: Republic of Zimbabwe) é um país localizado à África Meridional, com um território de 390.580 km², dimensões um pouco maiores que as do estado de São Paulo. A população do país é de cerca de um milhão e meio e tem como capital e principal cidade Harare (antiga Salisbury).

Zimbábue divide suas fronteiras com Zâmbia a norte, Moçambique a leste, Namíbia e Botswana a oeste e a África do Sul ao sul. A língua oficial é o inglês, apesar da população zimbabuana utilizar diversas línguas regionais na comunicação diária, sendo as principais do país a língua xona e o ndebele (sindebele). A maioria dos habitantes do país, 75%, seguem o cristianismo, o restante sendo seguidores de religiões africanas tradicionais e do islamismo,

A população de Zimbábue é em sua maioria da etnia xona 71% (presente também em Moçambique, Zâmbia e Botswana), havendo 16% da população da etnia ndebele (matabele); outros 11% são de várias etnias, restando ainda 1% de brancos descendentes de europeus, e 1% de asiáticos, especialmente indianos.

Harare, capital do Zimbábue. Foto: CECIL BO DZWOWA / Shutterstock.com

Implementos e ferramentas da Idade da Pedra foram encontradas em diversas áreas de Zimbábue, evidências de uma civilização primitiva. O mais impressionante desses sítios é o "Grande Zimbábue" (em língua Xona, Zimbábue significa "casa de pedra"), ruínas que deram nome ao país. Evidências sugerem que estas estruturas em pedra foram construídas entre os séculos IX e XIII por africanos nativos que tinham contatos com os centros comerciais na costa sudeste. No século XVI, os portugueses tentam a colonização do centro-sul da África, mas o interior permanece praticamente intocado pelos europeus até a chegada dos exploradores, missionários, caçadores de marfim, e comerciantes 300 anos mais tarde. Enquanto isso, ocorrem migrações em massa de povos nativos, e o território é ocupado pela etnia Xona, relacionada aos Zulus.
Em 1888, Cecil Rhodes obteve a concessão dos direitos minerais da área, que se torna esfera de influência britânica. Em 1895, administrada pela Companhia Britânica da África do Sul, é formalmente nomeada Rodésia do Sul em homenagem a Rhodes.

Em 1923, a Rodésia do Sul é anexada pelo Reino Unido. Embora nunca administrada diretamente pela metrópole, esta sempre manteve o direito de intervir nos assuntos locais. No ano de 1953, a Rodésia do Sul se junta à Rodésia do Norte e à Niassalândia, buscando reunir recursos e mercados. A federação foi dissolvida no final de 1963 e Rodésia do Norte e Niassalândia tornam-se os estados independentes de Zâmbia e do Malawi em 1964. O primeiro-ministro Winston Field, acusado de não se mover rápido o suficiente para obter a independência da Rodésia do Sul é substituído por seu vice, Ian Smith, que defendia os interesses da comunidade branca de sul africanos bôeres e britânicos. Smith irá declarar a independencia da Rodésia, um estado de reconhecimento limitado, onde um regime semelhante ao apartheid sul africano irá existir até 1979.

Finalmente, em 1980, um governo representativo da maioria dos zimbabuanos, liderado pelo oposicionista Robert Mugabe assume o poder. Boa parte da comunidade branca irá deixar o país ao longo dos anos, e Mugabe vai se consolidando no poder, tornando-se um ditador corrupto. No início do século XXI, Zimbábue ainda permanece sob controle de Mugabe, mas a economia está destruída por uma série de decisões equivocadas do governo, que causam uma hiperinflação. Pressões para a saída de Mugabe obtém como resultado um governo conjunto deste com o líder oposicionista, Morgan Tsvangirai, situação que dura até os dias atuais.

Bibliografia:
Zimbábue. Disponível em <http://www.portalbrasil.net/africa_zimbabue.htm>. Acesso em: 07 jun. 2012.
Background note: Zimbabwe (em inglês). Disponível em <http://www.state.gov/r/pa/ei/bgn/5479.htm>. Acesso em: 07 jun. 2012.

Arquivado em: África
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