Funções das proteínas

Graduação em Farmácia e Bioquímica (Uninove, 2010)

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As proteínas são consideradas como um dos componentes mais importantes para o organismo vivo. A grandeza de sua importância é demonstrada na origem da palavra, que deriva do grego proteios, que significa “de suma importância”.

A função dessas macromoléculas no corpo pode ser dividida em funções estruturais e dinâmicas.

As células compõem os tecidos do nosso corpo, os tecidos, por sua vez, se unem e formam os órgãos. São as proteínas que fornecem a estrutura dessas unidades fundamentais, as células, formando os componentes do esqueleto celular. Também, formam as estruturas de sustentação, como o colágeno e a elastina, por exemplo.

O colágeno é considerado uma proteína de extrema importância, sendo a mais abundante, correspondendo a aproximadamente 30% do total de proteínas do organismo humano. Possui como principal função a produção de fibras, que fornecem sustentação à pele. Também, é responsável por manter as células unidas, participam da composição das artérias, dos ossos, tendões, cartilagens e ligamentos, além de demais órgãos, como os pulmões, fígado, útero e intestino. Sua produção ocorre a partir de fontes de aminoácidos, que provém da alimentação. Porém, com o passar dos anos, passamos a produzir cada vez menos colágeno, onde pode haver a necessidade de suplementação, pois sua deficiência acarreta prejuízos para a saúde.

Outra proteína estrutural é a elastina, responsável por formar as fibras elásticas, que são mais finas que as fibras formadas pelo colágeno. Estão presentes nas artérias, no tecido elástico dos pulmões e nos ligamentos, por exemplo. Tal característica, confere à essas estruturas elasticidade e resistência, fazendo com que possam se estender, cedendo à tração, mas retornando a dimensão inicial, quando é cessada a força.

As funções dinâmicas das proteínas são inúmeras, já que participam de quase todos os processos biológicos. Tal fato se deve principalmente às enzimas, que na sua grande maioria são formadas por proteínas, e catalisam as milhares de reações químicas que ocorrem em nosso organismo. Outras funções dinâmicas das proteínas incluem o transporte de moléculas, defesa do organismo, ação hormonal e atividade dos genes.

O transporte de moléculas é desempenhado por diversos tipos de proteínas. Exemplos se encontram na membrana das células, onde através deste mecanismo, as células controlam a entrada e saída de substâncias específicas, regulando e mantendo o equilíbrio celular. Outra proteína de transporte é a hemoglobina, que tem a função de transportar o oxigênio dos pulmões, para os demais tecidos do corpo. Já a albumina, uma proteína presente no nosso plasma, realiza o transporte de diversas substâncias, tais como ácidos graxos livres, hormônios e certos medicamentos.

Diversas são as proteínas que estão envolvidas nos mecanismos de defesa do nosso organismo, como as imunoglobulinas, que visam combater as bactérias e vírus que podem nos causar infecções.

A atividade hormonal das proteínas pode ser exemplificada pela ação da insulina. Esta proteína com ação hormonal atua sobre o metabolismo da glicose, promovendo a sua utilização para gerar energia, ou fazendo com que esta glicose seja armazenada nos tecidos, sob a forma de glicogênio no fígado, por exemplo.

As proteínas também exercem papel no nosso DNA, na regulação da atividade dos genes. Existem proteínas, conhecidas como proteínas reguladoras, que se ligam ao DNA em locais específicos, próximos aos genes, podendo controlar e até mesmo alterar a sua expressão. Desta forma, a célula controla quais genes, dentre os inúmeros que compõem o nosso genoma, serão ativados. Isto possibilita que as células possam se diferenciar, de acordo com a sua função, através da ativação de genes diferentes, mesmo que todas as células sejam compostas pelo mesmo DNA. Temos assim os neurônios que compõem o sistema nervoso, os hepatócitos que formam o fígado e, os miócitos nos músculos, por exemplo.~

Bibliografia:

MARZZOCO, Anita; TORRES, Bayardo Baptista. Bioquímica básica. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.

Sackheim, G.I, Lehman D.D. Química e Bioquímica para Ciências Farmacêuticas, 8ª edição, Ed. Manole.

Arquivado em: Bioquímica
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