Otites

Mestre em Ciências Biológicas (Universidade de Aveiro-SP, 2013)
Graduada em Biologia (Universidade Santa Cecília-SP, 2003)

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A otite é uma inflamação da orelha. Comum na infância, pode ocasionar uma perda auditiva e que pode provocar um impacto na aquisição da linguagem. A patologia acomete a orelha externa e a orelha média. Os sintomas são o prurido, otalgia, sensação de pressão na orelha, vertigem, paralisia facial e perda da audição.

Otite externa

Na otite externa, a inflamação acontece na orelha externa, nas estruturas do pavilhão auricular e o canal auditivo externo. Pode ter origem infecciosa, traumática, corpo estranho, óssea benigna e intrínseca da pele.

  • Infecciosa: causada por vírus, bactérias e fungos. O vírus Herpes-zoster, as bactérias Pseudomonas aeruginosa e Staphylococcus aureus, e os fungos Aspergillus sp e Candida albicans são os agentes patológicos mais comuns envolvidos na patologia.
  • Traumática: lesão no pavilhão auricular por hematoma, dilaceração ou mutilação. No canal auditivo externo, o trauma pode ser causado pelo uso de cotonete ou qualquer outro objeto pontiagudo inserido no canal auditivo.
  • Corpo estranho: material inerte ou organismos vivos podem se alojar no canal auditivo externo.
  • Óssea benigna: quando ocorre alteração na morfologia do canal auditivo externo, como uma fibrose do osso ou aumento de seu tecido.
  • Intrínseca da Pele: quando há formação de nódulo vermelho doloroso, causado por descamações do epitélio da parede do canal auditivo externo, ou de quistos epidérmicos e colesteatomas do conduto.

Otite média

Na otite média, a inflamação acontece na orelha média, onde a estrutura da membrana timpânica é acometida, muito comum na infância. A inflamação aguda da mucosa que reveste a orelha média é chamada de otite média aguda, que pode apresentar produção de fluido na cavidade timpânica. Quando ocorre acúmulo de fluidos na orelha média, a doença é chamada de otite serosa. O tipo de líquido pode ser seroso (fino e aquoso), mucoso (espesso, viscoso, muco), purulento (pus) e mucopurulento (combinação dos dois últimos tipos).

A otite fibroadesiva é caracterizada pela inflamação da membrana e caixa timpânica, onde há aderência da membrana do tímpano em toda a superfície da caixa timpânica, o que pode afetar a cadeia ossicular.

A otite média crônica purulenta é uma inflamação na orelha média com perfuração na membrana do tímpano, que pode ser causada por doença (otorreia), infecção viral ou alteração no arejamento da caixa timpânica. A otite média crônica colesteatomatosa é a presença de epiderme queratinizada nas paredes da caixa timpânica, que pode provocar a destruição de tecidos adjacentes. Pode ser congênita ou adquirida (por trauma, infecção ou de origem iatrogênica.

Diagnóstico

O diagnóstico é realizado através de exames com instrumentos específicos – espelho frontal, ostocópio, teleotoscópio, microscópio binocular.

Tratamento

O tratamento é feito de acordo com o tipo de otite, tais como: limpeza do canal auditivo externo, drenagem do fluido purulento, antibióticos, remoção de corpo estranho, extração de rolhão, cirurgia e vacinas.

Referências:

PAÇO, J. et al. Otites na prática clínica: guia de diagnóstico e tratamento. Otites na prática clínica: guia de diagnóstico e tratamento, 2010.

TEIXEIRA, F. J. N. P. Otite média serosa e o impacto na aprendizagem e aquisição de linguagem: revisão bibliográfica. Trabalho de conclusão de curso (Doutorado), Universidade de Lisboa. 2016.

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Arquivado em: Audição, Doenças
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