Dobra Espacial

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Todos estamos habituados com a gravidade. Sabemos que a Terra atrai todos os corpos que estão sobre ela. Mas o que nem sempre notamos é que todos os corpos atraem uns aos outros na razão direta das massas e na razão inversa das distâncias. Ou, resumindo:

G = (Mm)/(d^2)

Onde

  • G -> Força da gravidade.
  • M -> Massa de um dos corpos.
  • m -> Massa do outro corpo.
  • d -> Distância entre eles.

Essa é a Lei da Gravitação de Isaac Newton. Perceba que essa lei não afeta apenas planetas, mas qualquer corpo com massa.

O que sempre intrigou os cientistas foi o fato de esta força ser percebida a milhares de quilômetros de distância, mesmo sem nenhum meio para transmitir esta atração. Quem resolveu este impasse foi Albert Einstein, ao propor que a Gravidade era muito mais do que uma misteriosa força agindo de longe ...

Einstein sugeriu que a presença de um corpo altera a relação entre espaço e o tempo provocando aceleração em tudo que estiver em volta. Pense em uma bola de boliche sobre uma cama elástica: a presença da bola cria uma curva a superfície de modo que qualquer outra bola menor rolará em direção a bola de boliche.

De forma semelhante, todo corpo altera o espaço à sua volta.

Esta teoria afetou bastante a forma como entendemos o universo. Entre as possibilidades que surgiram a partir das teorias de Einstein, estão as dobras espaciais.

Imagine uma formiga caminhando sobre a cama elástica. Para um inseto, uma distância de poucos metros pareceria ser gigantesca! Na perspectiva da formiga, não existiria nenhuma forma de chegar ao outro lado. Porém um observador humano poderia imaginar uma forma de tornar a viagem do inseto mais rápida. Aplicando força suficiente seria possível dobrar uma parte da cama elástica, fazendo com que um longo trajeto para a formiga fosse atravessado rapidamente como se ela atravessasse uma pequena fenda.

Talvez uma estratégia análoga pudesse ser usada em nossas viagens espaciais. Os maiores empecilhos das vagens para outras galáxias ou mesmo para planetas do Sistema Solar são as grandes distâncias. A estrela mais próxima da Terra fica a 4 anos-luz de distância. Isso significa que, se viajássemos na velocidade da luz demoraríamos 4 anos para chegar lá. Viajar pelo espaço com a tecnologia atual é extremamente caro e demorado.

Mas, e se usando a teoria gravitacional de Einstein encontrássemos uma forma de curvar o espaço-tempo para superar grandes distâncias? Esta técnica é conhecida pelos autores de ficção científica como Dobra Espacial. A obra mais famosa a citar este artifício é, sem dúvida, a série de TV Star Trek.

No entanto, as Dobras Espaciais estão ficando cada vez mais próximas da realidade. O Cientista Harold White, da NASA, trabalha em um experimento que demonstraria a possibilidade de gerar “bolhas de dobra” utilizando quantidades relativamente pequenas de energia. Essas bolhas provocariam a compressão momentânea do espaço-tempo, permitindo uma viagem mais rápida entre 2 pontos do espaço.

Embora estejamos distantes de viajar para outras galáxias, a possibilidade teórica de superar grandes distâncias junto com as primeiras provas experimentais de que as viagens em dobras espaciais sejam possíveis, fazem os cientistas sonharem em alcançar destinos onde nenhum homem jamais esteve. A NASA prevê que este tipo de tecnologia pode estar em uso nos próximos 50 anos.

Fontes:
http://www.nasa.gov/centers/glenn/technology/warp/warpstat_prt.htm
http://www.popsci.com/technology/article/2013-03/warp-factor
http://ciencia.hsw.uol.com.br/velocidade-de-dobra.htm

Arquivado em: Física
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