Maias

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Esta foi provavelmente a mais antiga das civilizações pré-colombianas, porém perdeu em desenvolvimento se comparada aos Incas e aos Astecas. Habitaram nas florestas tropicais, atualmente localizadas nas regiões da Guatemala, Honduras e Península de Yucatán (México).

Organizaram-se em cidades-estado, as quais tomavam decisões políticas e religiosas. Como não eram um império unificado não constituíam força suficiente para evitar as invasões dos povos vizinhos.

As cidades eram governadas por um estado teocrático, as guerras que aconteciam tinham o objetivo de capturar prisioneiros para serem sacrificados aos deuses. A Religião era Politeísta. Acreditavam em deuses ligados à natureza que regiam o destino dos homens. Por causa disso eram realizados sacrifícios de alimentos, animais e seres humanos aos deuses.

A sociedade dividia-se em três grupos principais. A zona urbana era habitada apenas pelos componentes da classe mais alta: nobres da família real, sacerdotes e chefes militares; e pelos da segunda classe: dirigentes de cerimônias e cobradores de impostos. A base da pirâmide era formada pelos camponeses, artesãos e trabalhadores urbanos, os quais não possuíam privilégios e eram obrigados a pagar impostos, esta era a terceira classe.

Grande Templo do Jaguar, em Tikal (Guatemala). Foto: WitR / Shutterstock.com

Possuíam avançadas técnicas de irrigação, de modo que sua economia era baseada na agricultura, principalmente no cultivo do milho e do feijão. Comercializavam as mercadorias produzidas com povos vizinhos. Para melhorar as condições de cultivo e favorecer a produção do excedente o povo maia desenvolveu algumas técnicas agrícolas como a irrigação dos pântanos, os terraços, etc.

Cultivavam também o algodão, o tomate, o cacau, a batata e algumas frutas. Além disso tinham criação de Peru e abelhas. Atividades como caça e pesca complementavam as atividades realizadas para a sobrevivência do povo. Eram praticadas queimadas em busca de limpar o terreno, deixando-o pronto para o plantio. Essa prática, porém, destruía os componentes naturais do solo fazendo-o se tornar infértil após uns três anos de uso. A conseqüência disso é que o agricultor era obrigado a deixar o terreno e sair em busca de outro, fazendo com que aquele solo fique sem utilidade.

Podemos destacar o artesanato, com a confecção de tecidos e a utilização das tintas em roupas e a arquitetura com a construção de grandes palácios, templos e pirâmides. Trabalhavam uma cerâmica variada e de ótima qualidade na arquitetura.

Foram os autores de um calendário complexo, porém eficiente, que registrava exatamente os 365 dias do ano. Construíram o templo de Kukulkan, no México, que foi usado como observatório astronômico. As quatro faces do templo estão voltadas para os pontos cardeais e representam as estações do ano.

Templo de Kukulkan, em Chichén Itzá. Foto: Lucas Martins / InfoEscola

Destacaram-se também na astronomia e na matemática com a criação das casas decimais e do valor de zero. Com a aritmética que desenvolveram conseguiam fazer cálculos e conhecer o movimento do sol, da lua, de planetas, entre outros astros.

Existem vários dialetos falados no local. A língua maia falada no Yucatãn, por exemplo, sofreu diversas alterações devido às invasões dos povos toltecas e à influência da língua nahuati, dos astecas.

Desenvolveram a escrita, porém esta não pôde ser decifrada até os dias atuais. Deixaram várias inscrições, mas somente três livros alcançaram a nossa época. São eles o Códice de Dresde, o Códice de Madri e o Códice de Paris. Estes livros foram confeccionados em uma folha em forma de sanfona, feita de uma fibra vegetal coberta com uma camada de cal. Desenvolveram também a escrita hieroglífica.

Há ainda vários monumentos, templos, etc., construídos pelos Maias. Alguns estão até em ruínas, mas ainda assim atraem a atenção de quem os conhece.

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Arquivado em: História
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