Cloroplastos

Bacharel em Ciências Biológicas (UNITAU, 2012)
Pós-graduação Lato Sensu em Perícia Criminal (Grupo Educacional Verbo Jurídico, 2014)

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Os cloroplastos são organelas membranosas típicas dos vegetais, ocorrendo também em algas verdes, que possuem tamanho variável, mas, em regra, se tratam de organelas grandes. Eles possuem genoma próprio, ou seja, o material genético que existe dentro dos cloroplastos é diferente do material genético da célula em si. Por essa razão, acredita-se que, assim como as mitocôndrias, a origem dos cloroplastos tenha se dado por meio da endossimbiose.

Alga verde da espécie Euglena spirogyra. Observe a presença de cloroplastos, que conferem a coloração esverdeada à alga. Clique para ampliar. Foto: Lebendkulturen.de / Shutterstock.com

Alga verde da espécie Euglena spirogyra. Observe a presença de cloroplastos, que conferem a coloração esverdeada à alga. Clique para ampliar. Foto: Lebendkulturen.de / Shutterstock.com

A teoria da endossimbiose diz que o surgimento de algumas organelas se deu com a instalação de uma célula procarionte no interior de algum tipo de célula eucarionte primitiva desempenhando algum papel importante no funcionamento dessa. Essa interação teria se tornado benéfica a ambos os organismos se perpetuando ao longo da história evolutiva.

Estrutura básica

Os cloroplastos podem se apresentar de diversas formas ou tamanhos, entretanto a configuração básica dessas estruturas é composta por uma membrana externa, uma membrana interna, pelo espaço intermembranoso, estroma e pelos tilacóides. A membrana externa separa a organela do meio intracelular e a membrana interna, por sua vez, delimita o espaço, de fato, funcional da organela, o seu interior. Essa área que surge entre as duas membranas é denominada espaço intermembranoso e o conjunto dessas três regiões é, comumente, chamado de envelope.

Essas membranas citadas no parágrafo anterior se tratam de membranas biológicas, dessa forma é importante destacar que elas exerçam algum tipo de controle na entrada e na saída de moléculas. No interior da membrana interna é formada uma região que contém muitas enzimas e proteínas responsáveis pelas reações químicas dos cloroplastos e diversas outras moléculas. Essa região é denominada estroma.

Em um cloroplasto maduro, o estroma é preenchido por diversas vesículas achatadas que são conhecidas como tilacóides, e é exatamente dentro desses discos que se encontram as moléculas de clorofila. Os tilacóides se organizam empilhados uns em cima dos outros como se fossem pilhas de moedas, sendo assim o conjunto dessas pilhas recebe o nome de grana. Embora sempre seja feita uma analogia à pilha de moedas, o nome grana nada tem a ver com dinheiro. Essa denominação se dá por ser o plural da palavra latina granum, que significa grão.

Função

Os vegetais, por mais complexos que sejam, são seres que não saem andando a procura de alimentos. Por causa disso, é necessária outra estratégia para a obtenção de nutrientes e energia. Alguns desses nutrientes e a água são obtidos por meio da raiz por estarem presentes no substrato em que o vegetal está. Entretanto, a energia é proveniente da glicose, e ela não está livre e presente no solo. Nesse sentido, a estratégia utilizada por esses organismos se baseia num processo denominado fotossíntese.

A fotossíntese é, grosso modo, uma reação química que ocorre nas células utilizando luz solar, gás carbônico e água resultando na produção de glicose e liberação de oxigênio. Esse processo é característico dos seres denominados autótrofos, ou seja, que “produzem” seu próprio alimento e só acontece devido ao cloroplasto.

Por fim, analisando os organismos vivos como um todo, pode-se notar a importância do cloroplasto. Veja bem, é por causa do pigmento presente nos cloroplastos que os vegetais conseguem sintetizar sua própria fonte de energia. Ao sintetizar esse nutriente orgânico – o açúcar - os vegetais se tornam a base da cadeia alimentar, sendo capazes de transferir energia aos demais níveis tróficos dessa teia composta por produtores, consumidores e decompositores.

Bibliografia:
Junqueira, L. C. & Carneiro, J. Biologia Celular e Molecular. 9ª Edição. Editora Guanabara Koogan. 338 páginas. 2012.

Lopes, S. Bio – Volume Único. 1ª Edição. São Paulo: Editora Saraiva. 606 páginas. 2004.

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