Carpo

Graduação em Fisioterapia (Faculdade da Serra Gaúcha, FSG, 2014)

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O carpo é considerada uma estrutura das mãos relativamente pequena quando comparada às demais articulações, porém possui uma particularidade: é composta por pelo menos 8 ossos pequenos, denominados ossos carpais, que unem-se entre si através de ligamentos. Esses ossos se dispõem em duas fileiras. Essas estruturas que formam o carpo se articulam da seguinte forma: os ossos da fileira superior se articulam com os ossos do rádio e ulna; já os ossos da fileira inferior se articulam diretamente com os ossos da base da mão, denominados metacarpos.

Os ossos que formam essas estruturas também são chamados de fileira proximal e fileira distal. Na fileira proximal encontramos os seguintes ossos, visualizando da região lateral para medial: escafoide, semilunar, piramidal e pisiforme. Na fileira distal, com a mesma visualização da região lateral para medial encontramos: trapézio, trapezoide, capitato e hamato.

Os ossos da mão esquerda. Ilustração: Natee Jitthammachai / Shutterstock.com

Cada osso que compõe o carpo possui uma forma única multifacetada, fazendo com que o encaixe entre as estruturas seja perfeito, proporcionando assim a mobilidade necessária para que o segmento possa desenvolver os movimentos de forma funcional e coordenada. Em sua superfície, os ossos caracterizam-se por serem convexos proximalmente e côncavo distalmente, enquanto demais estruturas como a superfície palmar é unicamente côncava.

  • Escafoide: encontra-se sob a tabaqueira anatômica, ou fossa radial, sendo um dos maiores ossos da fileira proximal do carpo. Quando visto pela face palmar, na região proximal articula-se com o rádio; na face distal lateral articula-se com o trapézio; na face distal medial articula-se com o trapezóide; na face superior e medial articula-se com o semilunar; na face inferior e medial articula-se ao capitato.
  • Semilunar: possui formato crescente, com grande superfície articular proximal. Encontra-se medial ao escafoide, superior ao capitato e lateral ao piramidal. Em alguns casos, pode encontrar-se em contato com o hamato em seu ângulo inferomedial.
  • Piramidal: possui formato de pirâmide; na posição anatômica é visualizado com seu ápice apontando distal e medialmente em direção ao pisiforme. Encontra-se sobre o hamato, que se localiza na fileira distal do carpo; sua base comunica-se com o osso semilunar, voltando-se medialmente.
  • Pisiforme: é o osso mais medial da fileira proximal. Caracteriza-se por ser o menor de todos os ossos do carpo, sendo classificado também como um osso sesamóide. A superfície dorsal é facetada, fazendo com que este se articule com a superfície do osso piramidal. Encontra-se no interior do tendão flexor ulnar do carpo.
  • Trapézio: possui um tubérculo palpável, na faceta medial, encontra-se um sulco que acomoda o tendão flexor radial do carpo. Em sua porção medial, articula-se com o trapezoide, em sua porção superior articula-se ao escafoide; em sua porção inferior e lateral, articula-se com o primeiro metacarpo, através da faceta em forma de sela. Em alguns casos, pode se articular com o segundo metacarpo.
  • Trapezóide: possui estrutura mais larga em sua faceta dorsal. Em sua faceta proximal articula-se ao escafoide; lateralmente articula-se ao trapézio; em sua faceta medial articula-se ao capitato e em dia porção distal permite que se articule com o segundo metacarpo.
  • Capitato: caracteriza-se por ser o maior osso da estrutura do carpo. Cerca-se pelos seguintes ossos: na porção proximal pelo osso semilunar; na porção distal pelo terceiro metacarpo; na porção lateral pelo trapezoide e na porção media pelo hamato.
  • Hamato: é o último osso da fileira distal do carpo. Articula-se na face proximal e lateral com o semilunar; na face proximal medial articula-se ao piramidal; na face lateral se articula ao capitato; na face distal se articula com o quarto e quinto metacarpos.

Por ser uma articulação de moderada complexidade, precisamos relevar que sem a mesma, a funcionalidade estaria totalmente comprometida. A mecânica do movimento mostra o quão necessário se fez esse tempo de tratamento. As múltiplas movimentações fazem com que a funcionalidade ampla e fina possam andar juntas no que tange o aperfeiçoamento de funções.

Leia também:

Referências:

NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

TORTORA, Gerard J. Corpo Humano – Fundamentos de Anatomia e Fisiologia. Porto Alegre. 4ª ed. Artmed Editora. 2000.

Arquivado em: Sistema Esquelético
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