Rotação da Terra

Mestra em Geografia (Unicamp, 2017)
Bacharela em Geografia (USP, 2014)
Licenciada em Geografia (UEL, 2009)

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A rotação da Terra é o movimento que o planeta realiza em torno de seu próprio eixo. O movimento completo tem duração de 23 horas, 56 minutos, 4 segundos e 0,9 décimos e é responsável por um dos mais importantes fenômenos terrestres: a alternância entre dia e noite.

Movimento de rotação do planeta Terra. Ilustração: Zaqwerdx / via Wikimedia Commons / CC-BY-SA 3.0

Qual o sentido de rotação da Terra?

A rotação da Terra ocorre no sentido anti-horário. Isso significa que se observássemos o movimento a partir do polo norte, veríamos a Terra girando no sentido contrário ao dos ponteiros de um relógio. Portanto, o movimento da Terra ocorre de oeste para leste, o que explica porque vemos o sol se movimentar de leste para oeste.

O movimento de rotação é realizado a uma velocidade de 1666 km/h na linha do Equador. Entretanto, conforme maior a latitude, menor essa velocidade. Por exemplo, em Porto Alegre, cidade localizada aos 30º de latitude, a velocidade de rotação é de 1450,30 km/h

Porque a Terra permanece em movimento?

De acordo com a Primeira Lei de Newton, a Terra permanece em movimento porque não existe nenhuma força que exercida sobre ela que pare seu movimento. O impulso inicial para que a Terra fosse colocada em movimento teria sido dado pela colisão de corpos celestes ocorrida no momento de sua formação.

Algumas teorias afirmam que existe uma tendência da Terra reduzir a velocidade de seu movimento de rotação. Essa hipótese se apoia no fato do núcleo interno girar em uma velocidade maior que o planeta. A ideia é a de que a princípio o movimento de rotação da Terra seria idêntico ao do núcleo, porém, com o passar de bilhões de anos o ritmo de rotação do planeta diminuiu ao passo que o núcleo manteve sua velocidade de rotação.

Qual a importância da rotação para a vida na Terra?

Graças a rotação, a superfície do planeta alterna períodos expostos a luz solar com períodos de escuridão. Sem esse fenômeno, o planeta teria uma de suas faces exposta continuamente a luz solar, o que provocaria um superaquecimento, e uma face privada de luz, que perderia calor e se tornaria muito fria.

Essa diferença provocaria zonas de tempestades intensas provocadas pelo encontro das camadas de ar quentes e frias. As correntes marítimas também seriam alteradas. Além disso, a face da Terra sem iluminação solar teria a vida vegetal e, em consequência, a vida animal extinta, pela impossibilidade de realização de fotossíntese. E o superaquecimento da face iluminada levaria à rápida evaporação da água e à seca.

Arquivado em: Astronomia
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