Catapora

Por Aline Oliveira Silva

Graduação em Biologia (CUFSA, 2010)
Especialização/MBA em Análises Clínicas (Uninove, 2012)

Categorias: Doenças
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A varicela, popularmente conhecida como catapora é uma doença infantil comum, e de maneira geral simples, tendo em vista que casos mais graves e a taxa de mortalidade são muito baixos. A doença pode surgir na forma leve, com poucas bolhas ou mais severa onde surgem várias bolhas.

A catapora é causada por um vírus, denominado Varicela Zoster (VVZ), da família Herpesviridae, a mesma dos herpes. A doença ocorre quando o vírus entra no sistema respiratório e a infecção se localiza nas células da pele após cerca de duas semanas. Os sintomas da doença são de início parecidos com uma virose, com febre e moleza, e ocorre o aparecimento de manchas no corpo, seguidas de coceira. Logo após surgem as vesículas, que são bolhas na pele. A pele permanece vesicular por um período de três a quatro dias. As vesículas ficam com pus e depois, quando secam, surgem as crostas ou casquinhas. As lesões se concentram no rosto, garganta e na parte inferior do dorso, mas também podem ocorrer no tórax e ombros. O vírus atinge somente seres humanos e é altamente contagioso.

A forma mais comum de contágio é pela transmissão de pessoa para pessoa, pelo contato direto com o vírus, através de gotículas presentes na fala, tosse e espirro. A transmissão também pode acontecer pelo contato com as vesículas contaminadas de alguma pessoa doente ou ainda pelo contato com roupas ou superfícies que foram utilizadas pela pessoa doente.

O indivíduo contaminado com varicela deve reduzir ao máximo o contato com outras pessoas para diminuir o risco de transmissão. Em geral, o maior risco de transmissão ocorre principalmente quando o paciente ainda não desenvolveu as bolhas, na fase inicial da doença até a formação de crostas em todas as lesões. Outros cuidados devem ser tomados afim de evitar complicações da doença como evitar coçar as bolhas, manter as unhas cortadas e limpas, tomar banho com frequência, tudo para não correr o risco de infeccionar a pele. Não existe um tratamento específico e a melhor forma de evitar a doença e a vacinação.

Os surtos costumam acontecer em períodos de calor, em especial na primavera, pois o tempo está mais seco e o vírus se espalha mais facilmente pelo ar e nas escolas, local fechado onde se concentra um grande número de crianças.

Pessoas que possuem alguma comorbidade, como a infecção pelo HIV, que gera uma imunocompetência e indivíduos com baixa imunidade como idosos, transplantados, gestantes e recém-nascidos precisam de maior atenção, pois apesar de raro, podem evoluir para formas graves da doença, com comprometimento do pulmão e do cérebro por exemplo. Outra complicação severa da varicela é a Síndrome de Reye, que ocorre especialmente em crianças e adolescentes que fazem uso do ácido acetilsalicílico presente na aspirina.

Assim como todos os herpes vírus, uma característica do vírus da varicela é sua capacidade de permanecer latente ou inativo dentro do corpo. Ele fica localizado junto a coluna e pode ser reativado, por estresse ou pelo fato da diminuição da imunocompetência associada a idade, até décadas depois da primeira infecção. A reativação do vírus resulta na doença conhecida como cobreiro.

A vacina contra a varicela é considera altamente eficaz e deve ser tomada por crianças e adultos que não tiveram a doença e não foram vacinados. Ela foi introduzida junto a vacina tetra viral, que protege contra sarampo, caxumba, rubéola e agora varicela.

Bibliografia:

TORTORA, G.J., FUNKE, B.R., CASE, C.L. Microbiologia. -8. ed.-Porto Alegre: Artmed, 2005.

http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?fase=r003&id_materia=6148.

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