Doenças psicossomáticas

Por Aline Oliveira Silva

Graduação em Biologia (CUFSA, 2010)
Especialização/MBA em Análises Clínicas (Uninove, 2012)

Categorias: Doenças
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As doenças psicossomáticas tem origem psicológica, ou seja, são de origem emocional ou psiquiátricas que afetam o bom funcionamento do organismo. Essas doenças também são conhecidas como somatização ou transtorno somatoforme.

As emoções são capazes de alterar elementos químicos e diminuir a capacidade imunológica e assim deixar o indivíduo mais susceptível a doenças.

O desencadeamento dessas doenças ocorre por diversas questões, mas sobretudo a traumas e estresse, que podem impedir a liberação de substâncias importantes na regulação do corpo.

Outras questões que podem ser ligadas ao desenvolvimento das doenças psicossomáticas são a depressão, o desgaste profissional, trauma infantil e violência psicológica, como bullying, fobias, a ansiedade, a tristeza, raiva, angústia, medo ou desejo de vingança e o luto.

Outras situações que podem estar associadas com a doença psicossomática, e gerar um desequilíbrio emocional, incluem desajustes conjugais ou familiares, o alcoolismo e o uso de drogas, o desemprego ou a troca constante de emprego ou ainda um local de trabalho estressante, com um chefe ruim, e rotina puxada e as dívidas.

Algumas das doenças, que são comuns na população em geral, e algumas causadas por agentes externos, mas nesses pacientes ocorrem com maior frequência, são as Gripes e resfriados constantes, enxaquecas, quadros de herpes, que normalmente aparecem quando ocorre a queda da defesa imunológica e nesses casos é em decorrência de questões emocionais, alergias diversas e diarreias.

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Sintomas

Os sintomas são variados e podem ocorrer em basicamente todo os locais do corpo e simular diferentes doenças. Os mais comuns são dores generalizadas, machas e bolhas na pele, coceira e formigamentos, diarreia ou constipação, falta de ar e sensação de sufocamento, sensação de nó na garganta, boca seca, tremores, tensões musculares, sensação de dor no peito, dor e dificuldade para urinar, problemas de fertilidade, alterações do ciclo menstrual e diminuição da libido, crises de enxaqueca, alterações na visão e no equilíbrio, fraqueza, desanimo e irritabilidade.

Como mencionado, esses mesmos sintomas podem ser encontrados em diferentes patologias e a diferenciação é feita pelo fato de não serem evidenciados em exames confirmatórios e não poderem ser explicados por nenhuma alteração orgânica.

Diagnóstico

O diagnóstico é muitas vezes é difícil e demorado, pois são necessários exames que confirmem que não existe uma desordem no organismo e posteriormente é realizado o encaminhamento para uma psiquiatra. No entanto, outras especialidades medicas também podem sugerir as doenças, através dos exames físicos e laboratoriais, que não apresentam alterações.

Tratamento

O tratamento é baseado no alivio dos sintomas, com medicações analgésicas, anti-inflamatórios e outros, no entanto, essas medicações só irão auxiliar no alivio dos sintomas, sem tratar a verdadeira causa da doença.

Por ser tratar de doenças ligadas ao psicológico, o tratamento é baseado no controle das emoções. O apoio psicológico e alguns antidepressivos são indicados como a sertralina ou fluoxetina, e ansiolíticos, como clonazepam, para auxiliar no controle da ansiedade, ajudando a acalmar as emoções e sessões de psicoterapia são importantes para ajudar na resolução de conflitos internos.

Existem ainda algumas medidas que o próprio paciente pode tomar e que auxiliam no controle das emoções como beber chás calmantes, por exemplo de camomila, mudança no estilo de vida, fazer exercícios físicos como caminhada, pilates, yoga entre outros que auxiliam na liberação de hormônios e controlam o estresse.

Na maioria dos casos, a orientação é buscar apoio profissional por meio de terapias para reabilitação mental a fim de evitar a evolução para quadros mais graves.

O tratamento dessas doenças é um grande desafio para os profissionais que atuam com a saúde mental e tentam minimizar o impacto desses desequilíbrios nos pacientes.

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