Linfoma de Hodgkin

Graduação em Biologia (CUFSA, 2010)
Especialização/MBA em Análises Clínicas (Uninove, 2012)

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Linfoma é um tipo de câncer com origem nas células do sistema linfático, chamadas linfócitos, que fazem parte do sistema imunológico. O sistema imunológico é definido como o conjunto de células, tecidos e moléculas que trabalham para fornecer a resistência as infecções. O sistema linfático é uma parte essencial da circulação sanguínea, constituído pela linfa, os vasos linfáticos, os órgãos linfoides e os linfonodos. Em vários pontos do sistema linfático encontram-se os linfonodos, ou gânglios linfáticos, onde a linfa fluí, e as células do sistema imunológico migram e ajudam no combate às infecções, atacando e destruindo os patógenos que são transportados pelo líquido linfático. Eles combatem as infecções encontram nos tecidos do corpo, fora da corrente sanguínea.

Os linfócitos são divididos em dois tipos, os linfócitos B, responsáveis pela imunidade humoral, que produzem os anticorpos e os linfócitos T, que são responsáveis pela imunidade celular. Os linfócitos B amadurecem na medula óssea e os linfócitos T amadurecem em um órgão denominado timo.

O linfoma é uma doença que apresenta grande diversidade e, geralmente, tem origem nos tecidos linfoides e se espalham entre eles, podem se espalhar para outros tecidos.

O linfoma foi descrito pela primeira vez pelo médico Thomas Hodgkin, em 1839. Existem diferentes tipos de linfomas, mas em geral eles são classificados em dois grandes grupos: linfoma não-Hodgkin e o linfoma de Hodgkin.

O linfoma de Hodgkin é mais frequente em pessoas mais jovens, porém, também pode acometer pessoas mais velhas, normalmente acima dos 60 anos de idade e esse tipo de linfoma representa cerca de 12% dos casos dos linfomas, sendo o linfoma não-Hodgkin o mais prevalente nos casos.

A origem do linfoma de Hodgkin pode ocorrer em diferentes regiões do organismo, pois os linfócitos circulam em várias partes do corpo, e migram para os linfonodos espalhados, mas o mais comum é a origem nos linfonodos do tórax, pescoço e das axilas.

Uma das características encontradas no linfoma de Hodgkin e que auxilia no diagnóstico é a presença de um tipo característico de célula grande, chamada célula de Reed-Sternberg. Estas células são linfócitos cancerosos grandes com mais de um núcleo.

Alguns dos fatores que estão associados ao aparecimento do linfoma incluem o vírus HTLV1, o vírus Epstein-Barr, a infecção pelo HIV e pela bactéria H. pylori, e a imunossupressão.

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Sintomas

Como a origem dos linfomas podem ser em diferentes partes do corpo, os sintomas podem variar dependendo da localização, ou seja, os sintomas não são específicos, o que dificulta no diagnóstico. As principais manifestações clínicas são ínguas indolores, febre, suor noturno excessivo, perda de peso, tosse, falta de ar, desconforto abdominal e coceira.

Diagnóstico

O diagnóstico do linfoma é realizado pela anamnese do paciente e em seguida o exame físico, onde é feita a palpação na região do abdome e onde os linfonodos são avaliados. Em casos de suspeita, é realizada a biópsia excisional, que é a remoção inteira do linfonodo ou tecido acometido, para a confirmação. Exames de imagem como a tomografia computadorizada, a ressonância magnética e a PET- CT, são solicitadas para definir a extensão da doença. Exames laboratoriais também fazem parte do diagnóstico e a contagem de linfócitos é um exame muito utilizado para monitorar doenças e infecções, como as provocadas pelo vírus HIV. Vale ressaltar que na grande maioria dos casos, onde os linfonodos se encontram aumentados, trata-se de condições benignas, associados a infecções comuns como por exemplo uma amigdalite. Somente o diagnostico medico é capaz de identificar o linfoma.

Tratamento

O tratamento depende do estágio do linfoma, mas apresenta um prognóstico favorável quando devidamente tratado, cerca de 80% dos casos são curados. Em geral são aplicados protocolos de quimioterapia e a radioterapia. O tratamento mais utilizado é baseado na poliquimioterapia, que é a quimioterapia com múltiplas drogas, que pode ser em combinação com a radioterapia. Em casos mais graves e avançados, que não respondem à quimioterapia, ou ainda em casos de recidivas, pode-se tentar o transplante de medula óssea.

Fontes:

https://www.hospitalsiriolibanes.org.br/hospital/especialidades/centro-oncologia/linfomas/Paginas/diagnosticos.aspx

https://www.accamargo.org.br/tipos-de-cancer/linfoma-de-hodgkin

https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/linfoma-de-hodgkin

http://www.roche.pt/sites-tematicos/linfomas/index.cfm/o_que_e/sintomas/

Abbas, Abul K. Imunologia básica: funções e distúrbios do sistema imunológico. 4. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.

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