Relevo da Ásia

Mestrado em Geografia (UFSC, 2015)
Graduação em Geografia (UFSC, 2012)

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A Ásia é o continente mais extenso do mundo, e também possui os maiores contrastes naturais, possuindo altitudes muito variadas. Podemos destacar principalmente a presença de extensas planícies, planaltos elevados e grandes cadeias montanhosas. Para uma análise do seu relevo, pode-se dividir o continente em três grandes regiões: ao norte fica a região ocupada pelo vasto território siberiano; no centro, temos as cadeias montanhosas mais altas do planeta; e ao sul, planaltos e depressões.

O relevo asiático tem origem na intensa atuação dos agentes internos, pois diversas áreas de limites entre placas tectônicas localizam-se no continente, onde a movimentação da crosta terrestre é maior. Essa movimentação nos limites convergentes entre placas provoca a orogenia, que nada mais é do que a formação de montanhas. Esse processo gerou os dobramentos modernos colossais das áreas centrais, formados na era Cenozoica.

A faixa central de cordilheiras que atravessa o continente, separa dois grandes conjuntos de planícies e planaltos. Ela se estende da Anatólia, nas proximidades do Mar Negro, até o Pamir, na direção oeste-leste (Cáucaso, Elburz, Zagros, Indocuche), divide-se em dois ramos, um na direção nordeste até o estreito de Bering (Tien Shan, Altai, Saian, Yablonovi, Stanovoi, Djugudjur, Verkhoiansk, Cherski, Kolima), e outro na direção leste (Karakorum, Himalaia, Kunlun, Nan Shan e Qinling), depois para o sul, pela Indochina, e novamente para o leste, na Indonésia. Essa linha montanhosa segue no extremo oriente através dos arcos formados pelas ilhas das Filipinas, Formosa, do Japão e as Kurilas. Nas regiões oeste e noroeste, está presente outro importante conjunto de cordilheiras, constituído pelos Montes Urais, no limite entre Ásia e Europa, e prolongado pelas montanhas de Nova Zembla e os montes Byrrang, na península de Taimir.

Na principal e mais elevada área montanhosa do planeta, descrita acima, a cordilheira do Himalaia merece destaque. Localizada nas fronteiras entre China, Índia e Paquistão, possui o pico mais alto do mundo, o monte Everest, com 8.848m de altitude.

Ao sul desses agrupamentos de cordilheiras estão: a planície da Mesopotâmia, (entre os rios Tigre e Eufrates, no Iraque), o planalto da Arábia, o planalto do Irã, os vales do Indo, do Ganges e o planalto do Decan, na Índia, o planalto de Korat e o vale do Mekong, na região indochinesa, e o planalto de Yunnan, na China. Entre o Himalaia, ao sul, e os montes Kunlun, ao norte, está o grande planalto do Tibete. Na faixa central da Ásia são encontradas a depressão turaniana, as estepes do Cazaquistão, do Quirguistão e do Isin, a bacia do Tarim, a depressão da Dzungária, a planície desértica de Gobi, os planaltos da Mongólia e as planícies do norte da China.

O norte do continente é marcado pelo contraste entre diferentes formas de relevo. De oeste para leste, a partir dos Montes Urais, estendem-se na região a grande planície da Sibéria ocidental, o planalto da Sibéria Central e, na porção mais oriental, a partir do rio Lena, uma série de montanhas e vales, com destaque à planície de Kolima e os montes Verkhoyansk, Cherski e Kolima.

Nas proximidades do oceano Pacífico, há bastante atividade vulcânica, como na península de Kamchatka e nas ilhas Kurilas. O leste asiático, de modo geral, faz parte de um imenso anel que contorna esse oceano, conhecido como Círculo de Fogo do Pacífico, onde além dos vulcões, há intensa atividade sísmica, com terremotos de grande magnitude. Essa instabilidade ocorre principalmente nas ilhas da Indonésia e do Japão.

Fontes:

CARVALHO, Marcos Bernardino de; PEREIRA, Diamantino Alves Correia. Geografia do Mundo: fornteiras. São Paulo: FTD, 2012.

GARCIA, Valquíria Pires; BELLUCCI, Beluce. Projeto Radix: geografia. São Paulo: Scipione, 2013.

GRANDE Atlas Universal: Ásia e Oceania I. [S.l.]: Sol 90, 2004.

MOREIRA, Igor. Construindo o espaço mundial. São Paulo: Ática, 2004.

NOVA ENCICLOPÉDIA BARSA. Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda. São Paulo: Melhoramentos, 1998.

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