Tsunami

Mestre em Educação, Comunicação e Tecnologia (UDESC, 2016)
Graduada em Geografia (UDESC, 2014)

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Em japonês, tsunami significa literalmente “onda no porto” (tsu = porto, nami = onda), termo que prevaleceu sobre o português como “maremoto”. Os tsunamis ou maremotos são grandes movimentações de água do oceano, em geral causadas por terremotos, no entanto, outros fenômenos geológicos podem causar esse processo incluindo erupções vulcânicas, deslizamentos de sedimentos em taludes submarinos, furacões, impactos de meteoritos e asteroides. Essa variedade de processos faz com que eles possam ocorrer em praticamente qualquer região costeira do mundo, até mesmo em lagos.

A diferença de uma onda normal para um maremoto é sua frequência e sua motivação, uma onda normal dura segundos ou minutos e, é motivada pela ação dos ventos sobre a superfície da água, enquanto que uma tsunami pode durar horas ou dias, tendo um alcance e amplitude muito maior, pelos motivos elencados anteriormente e o grande volume de água deslocada.

A causa mais frequente de tsunamis são os terremotos em fundo oceânico, causadas em especial pela movimentação das placas tectônicas, ainda que nem todos os terremotos desse tipo possam causar tsunamis. Os principais fatores que contribuem para a formação de grandes tsunamis sismogênicos são em geral causados pelo aumento ou pela baixa repentina da crosta terrestre sob o oceano ou perto dele. Esse movimento das placas tectônicas nas zonas de convergência (regime compressional) faz com que os blocos rochosos se movam uns em relação aos outros ao longo de planos de falhas, que são planos de ruptura e deslocamento (limite das placas). Quando o limite de resistência nos planos de falha é superado, ocorrem os terremotos, acarretando a liberação de energia mecânica acumulada nas placas tectônicas, e resultando nos terremotos.

A energia potencial contida na borda da placa é instantaneamente convertida em energia cinética e transferida para a massa de água do oceano. O deslocamento vertical da água se dissipa na forma de uma onda de pequena amplitude e grande comprimento com alta velocidade. Ao passo que aproxima-se da costa, seu comprimento diminui e sua amplitude aumenta, ou seja, a onda desacelera por causa do atrito com o fundo continental e a massa de água ergue-se (aumento da amplitude), gerando uma “onda” gigante.

Devastação causada pelo tsunami de 2011 em Sendai, Japão. Foto: U.S. Navy photo, via Wikimedia Commons

Por isso, é possível observar que as zonas com maior ameaça de tsunamis são as de instabilidade tectônica, em especial zonas de subducção de placas, ou seja, quando duas placas tectônicas encontram-se (convergência de placas).

Referências:

ANDRADE, Fábio Ramos Dias de.Terremotos e Tsunamis no Japão. Revista USP, 16-29, 2011. 4, 2011. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/revusp/article/viewFile/34838/37576. Acesso em: dezembro de 2017.

SENE, Eustáquio de; MOREIRA, João Carlos. Geografia geral e do Brasil: espaço geográfico e globalização. São Paulo: Scipione, 2013.

Arquivado em: Geografia, Oceanografia
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