Sujeito

Por Luciana Kuchenbecker Araújo

Mestra em Letras e Linguística (UFG, 2016)
Licenciada em Letras-Português (UFG, 2009)

Categorias: Português
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O Sujeito é um dos termos essenciais da oração, o qual concorda em número e pessoa com o Verbo.

Quando estudamos sobre a sintaxe dos períodos simples, aprendemos que os termos essenciais são os elementos que mantêm a estrutura básica das orações, que são o Sujeito e o Predicado. Enquanto o sujeito concorda em número e pessoa com o verbo, o predicado realiza uma afirmação sobre o sujeito.

Esses termos são considerados essenciais porque trazem as informações necessárias à construção de enunciados sintatica e semanticamente lógicos, como: o que aconteceu, como aconteceu e quem realizou ou recebeu a ação. Veja o exemplo a seguir:

Lara, André e João Vitor vão passear na praia pela manhã.

Como você pôde observar, o Sujeito da oração é composto “Lara, André e João Vitor” (eles – terceira pessoa do plural), pois é o termo que realiza a ação “passear” e concorda com a locução verbal “vão passear” .

Grande parte das orações é formada por sujeito e predicado, pode acontecer de uma oração não apresentar Sujeito, mas com toda certeza terá um Predicado. Isto significa que, à exceção do sujeito e do vocativo, tudo aquilo que constitui as orações faz parte do predicado.

Tipos de sujeitos

A classificação dos tipos de Sujeitos está relacionada ao núcleo de um sintagma. Dessa forma, nas orações, é possível ocorrer: sujeitos simples ou compostos, determinados ou indeterminados. O núcleo é o termo central de um Sintagma Nominal ou Verbal. Veja o exemplo:

Os gigantes Jequitibás são árvores protegidas por lei.

Sujeito simples ou Sujeito composto

O Sujeito simples apresenta apenas um núcleo, enquanto o Sujeito composto apresenta mais de um.

Exemplos de orações com Sujeito Simples:

Exemplos de orações com Sujeito Composto:

Sujeito oculto ou elíptico

O Sujeito nem sempre aparece de forma explícita nas orações. Quando isso acontece, sua identificação é possível a partir da análise do contexto ou das flexões verbais de número e pessoa ou por sua presença em outra oração do mesmo período ou de um período antecedente.

Exemplos de sujeito oculto:

* Na primeira oração “O amor é chama da vida”, o sujeito “o amor” aparece sendo retomado e oculto/elíptico nos verbos enaltecer e promover nas orações seguintes.)

Sujeito determinado

É aquele que aparece explícito na oração e pode ser identificado pela flexão de número-pessoa do verbo ou pelo contexto do enunciado, ou seja, quando o sujeito está presente em outra oração do mesmo período ou do período antecedente.

Exemplos:

É importante esclarecer que quando os Sujeitos são constituídos por pronomes indefinidos não é possível identificar o referente pronominal específico, entretanto, aparecem explícitos na oração sintaticamente e, portanto, são considerados como determinados. Observe os exemplos:

Sujeito indeterminado

O sujeito indeterminado ocorre quando não é possível localizar na oração um referente explícito para a flexão verbal. Na Língua Portuguesa, os sujeitos indeterminados podem ser caracterizados por duas estruturas sintáticas:

Verbo Transitivo Direto flexionado na terceira pessoa do plural.

Exemplos:

Verbo Transitivo Indireto, Verbo Intransitivo ou Verbo de Ligação flexionado na terceira pessoa do singular + Pronome “se” (índice de indeterminação do Sujeito).

Exemplos:

Oração sem Sujeito

Existem orações construídas por verbos impessoais, os quais não se referem a uma pessoa do discurso e, por isso, não admitem um sujeito (sujeito inexistente).

Tipos de Oração sem Sujeito

A inexistência de um Sujeito na oração ocorre nos seguintes contextos:

1. Quando há Verbos que indicam fenômenos da natureza.

Exemplos:

2. Quando os Verbos ser, estar, fazer, haver estão relacionados aos fenômenos da natureza ou a expressões que indicam tempo.

Exemplos:

3. Quando o Verbo “haver” é usado no sentido de “existir”.

Exemplos:

Referência:

ABAURRE, Maria Luiza M. Gramática: texto: análise e construção de sentido. Volume único. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2010. p. 382 a 389.

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