Joelhos

Graduação em Fisioterapia (Faculdade da Serra Gaúcha, FSG, 2014)

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O joelho é um complexo articular completo, onde três ossos se articulam de forma a permitir dois graus de liberdade de movimento. As estruturas que se articulam entre si são articulação tíbio-femoral e femoropatelar, que estão localizadas em uma mesma cápsula articular. Essa estrutura ainda se classifica como gínglimo, ou também denominada como uma articulação em dobradiça. Apesar da estrutura aparentemente sensível, é capaz de suportar o peso corporal na posição bípede sem que haja necessidade de contração muscular, dependendo dos ligamentos das articulações para manter a posição ereta, bem como o reforço efetivo da musculatura para realizar as funções locomotoras e auxiliar no posicionamento estático.

Anatomia do joelho, com indicações dos principais ossos, músculos e ligamentos. Ilustração: Viktoriia_P / Shutterstock.com

Por ser uma articulação de grande importância na sustentação e distribuição de cargas do organismo, possui estruturas auxiliares que promovem a movimentação global sem limitações e algias. Quanto à composição anatômica, os joelhos são formados principalmente pelo fêmur, tíbia e patela. Para que haja movimento harmonioso nessa estrutura, a tíbia possui uma estrutura denominada menisco, compostas basicamente por fibrocartilagem, em formato de meia lua. Localizam-se no platô tibial e se dividem em duas porções: menisco medial (lado interno do joelho) e o menisco lateral (lado externo do joelho). Ambos possuem como principal função a distribuição de cargas da articulação para diminuir a pressão sobre a cartilagem que recobre os ossos do joelho. A estrutura ligamentar que envolve o joelho também é de grande importância para a manutenção postural, sendo composta basicamente por quatro ligamentos principais:

  • LCA (ligamento cruzado anterior): limita o deslocamento anterior da tíbia e o deslizamento posterior do fêmur (movimento de gaveta anterior). Insere-se na eminência intercondilar da tíbia e fixa-se no côndilo lateral do fêmur.
  • LCP (ligamento cruzado posterior): limita o deslocamento posterior da tíbia e o deslizamento anterior do fêmur (movimento de gaveta posterior). Insere-se na fossa intercondilar posterior da tíbia e no côndilo medial do fêmur.
  • LCM (ligamento colateral medial): limita a abertura medial do joelho;
  • LCL (ligamento colateral lateral): limita a abertura lateral do joelho.

O líquido sinovial também faz parte da articulação em questão, tendo como principal função lubrificar as articulações, permitindo a movimentação funcional suave e indolor. Essa estrutura é um componente essencial para que o movimento seja realizado com qualidade. Tão importante quanto as demais estruturas, é válido frisar que a musculatura estando forte, a articulação se encontra com menor propensão à lesões. As estruturas que compõem o joelho são:

  • Vasto lateral, vasto medial, vasto intermédio e reto femoral são músculos responsáveis pela extensão do joelho;
  • Bíceps femoral, semitendinoso e semimembranoso são responsáveis pela flexão do joelho.
  • Tensor da fáscia lata realiza a rotação lateral do joelho e promove estabilidade articular.
  • Sartório é responsável pela rotação medial do joelho.

O trabalho de reforço muscular e estabilização preventivos se torna muito mais intenso quando se trata de funcionalidade. Porém, a manifestação patológica não se dá unicamente pela prática de atividades desportivas intensas, mas principalmente por aspectos relacionados ao sedentarismo, obesidade, alterações posturais, dentre outros fatores que podem interferir de forma direta na mecânica do joelho.

As utilizações de recursos preventivos em relação ao processo de envelhecimento são essenciais para que as pessoas não sintam de forma tão agressiva os efeitos que geram a escolha de viver uma vida apenas motivada por ocupações materiais, não enxergando que o principal cuidado deveria ser tomado seria em relação ao fator emocional de cada um. A compreensão a partir do ponto de vista de si mesmo, torna o indivíduo único, podendo manifestar sintomas que a fisiologia não teria como explicar.

Leia também:

Referências

NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

TORTORA, Gerard J. Corpo Humano – Fundamentos de Anatomia e Fisiologia. Porto Alegre. 4ª ed. Artmed Editora. 2000.

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