Economia de Goiás

Mestre em Ciências Humanas (PUC-RJ, 2016)
Graduado em Geografia (UFF, 2009)

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O Estado de Goiás possui uma economia onde destacamos a forte presença da agropecuária que contribui com 10,4% no Produto Interno Bruto (PIB) do Estado Goiano (IMB/SEGPLAN, 2017). A participação do Estado de Goiás no PIB nacional é de 2,9%, de acordo com dados de 2014 do IBGE, ficando atrás de Estados como o Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Entretanto, dentro da Região Centro-Oeste, o Estado de Goiás é a segunda maior economia, ficando atrás do Distrito Federal que detém 36,4% de participação no PIB da região enquanto o Estado de Goiás detém 30,4% da participação.

Em geral, a economia de um estado ou de um país é analisada por meio dos setores econômicos que são: o setor primário, o setor secundário e o setor terciário. Resumidamente, pode-se dizer que o setor primário da economia está relacionado à produção através da exploração dos recursos da natureza. Como exemplos de atividades neste setor, pode-se citar: agricultura, mineração, pesca, pecuária, extrativismo vegetal e caça. É importante acrescentar que o setor primário fornece a matéria-prima para a indústria de transformação.

A agropecuária goiana tem grande importância no cenário econômico nacional, uma vez que sua produção de carnes e grãos impulsiona a exportação estadual. O Estado de Goiás é um dos maiores produtores de tomate, milho e soja do Brasil. Outros cultivos importantes são: algodão, cana-de-açúcar, café, arroz, feijão, trigo e alho.

A pecuária, por sua vez, está em constante expansão. O estado possui, atualmente, o terceiro maior rebanho bovino do país. O aspecto negativo com relação à agropecuária é que ela é a principal atividade responsável pela destruição do bioma Cerrado, visto que desencadeia constantes desmatamentos e degradação do solo.

O setor secundário da economia é aquele que transforma as matérias-primas (produzidas pelo setor primário) em produtos industrializados (roupas, máquinas, automóveis, alimentos industrializados, eletrônicos, casas, etc.). Como existem conhecimentos tecnológicos agregados aos produtos do setor secundário, o lucro obtido na comercialização é significativamente maior do que aquele obtido no setor primário. Países com grau de desenvolvimento elevado tem a sua economia baseada no setor secundário da economia.

A indústria goiana é responsável por 24% do PIB do Estado, esse setor da economia vem se diversificando constantemente. A cidade de Goiânia, capital do estado, abriga boa parte dos complexos industriais. Outras cidades que se destacam são: Aparecida de Goiânia, Anápolis, Catalão, Rio Verde e Itumbiara.

O setor terciário da economia é aquele que engloba a os serviços. Os serviços, diferente dos outros dois setores citados anteriormente, são produtos não materiais. Pode-se citar como exemplo de atividades neste setor: comércio, educação, saúde, telecomunicações, serviços de informática, seguros, transporte, serviços de limpeza, serviços de alimentação, turismo, serviços bancários e administrativos, transportes, entre outros. Esse setor representa 65,1% do PIB do Estado, o turismo é uma atividade de fundamental importância para a economia goiana. As cidades de Caldas Novas e Rio Quente, principais estâncias hidrotermais do país, atraem milhares de visitantes. O turismo histórico é cultuado na Cidade de Goiás (Goiás Velho), Corumbá e Pirenópolis. Na região da Chapada dos Veadeiros e do Rio Araguaia, o turismo ecológico é proporcionado. Além do turismo, o setor relacionado a atividade administrativa também se destaca.

Referencias:

IMB/SEGPLAN. PIB Goiás 2015. Goiânia: GO, 2017. Disponível em: http://www.imb.go.gov.br/pub/pib/pib2015/pibgo2015.pdf. Acesso em 17 de fevereiro de 2018.

PIB de Goiás chega a R$ 165 bilhões e se firma como a 9ª economia estadual brasileira. Diário O popular Online. 2016. Disponível em: https://www.opopular.com.br/editorias/economia/pib-de-goi%C3%A1s-chega-a-r-165-bilh%C3%B5es-e-se-firma-como-a-9%C2%AA-economia-estadual-brasileira-1.1186967. Acesso em 17 de fevereiro de 2018.

Arquivado em: Economia, Goiás
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