Voyager 2

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O Projeto Voyager tem como objetivo investigar a área mais distante da superfície cósmica, ou seja, a região extrema do sistema solar, o qual o Planeta Terra integra. Este programa constituiu duas missões – a Voyager 1 e a Voyager 2. Esta última foi enviada ao espaço pela Nasa – Agência Espacial Americana, financiada pelo governo dos Estados Unidos – no dia 20 de agosto de 1977.

Esta nave robótica tem como objetivo a investigação longínqua de outros planetas, asteróides, satélites ou cometas, foi lançada da Força Aérea de Cabo Canaveral, localizada na Flórida, nos EUA. A Voyager 2 logrou acercar-se dos quatro maiores astros luminosos do Sistema Solar, obtendo assim conclusões científicas de extremo valor e as fotografias mais apuradas destes corpos planetários e de seus satélites.

A sonda conquistou um feito extraordinário em 1989, foi o quarto objeto criado pelo Homem a transpor o caminho percorrido por Plutão em torno do Sol, ou seja, sua órbita; em 2005 ela passou pela Terra a um intervalo de aproximadamente 75 UAs – unidade astronômica.

Depois de passar por Plutão, esta nave começou a se afastar do âmbito solar. Antes disso, porém, ela pairou sobre Urano, em 1988. Nesta posição privilegiada foram realizadas pesquisas sobre seus anéis, os satélites a sua volta; ela registrou que o mais amplo deles, Miranda, talvez o que mais provoque curiosidade entre os cientistas, foi possivelmente acertado em cheio por um corpo que tinha metade de sua extensão. Concluiu-se também que sua aerosfera é muito calma se for comparada com a de outros astros gasosos.

Em 1992 a Voyager 2 chegou perto de Netuno e aí revelou a existência de seis satélites desconhecidos, que assim totalizaram oito astros em torno deste Planeta. A nave comprovou também que um deles, Tritão, demonstra possuir uma translação oposta à rotação de Netuno, que é atingido constantemente por tormentas intensas, as quais se traduzem em um ciclone circulatório que gira em todo o âmbito planetário periodicamente.

A Voyager 2 adentrou o cosmos interestelar em 2003, encontrando-se então a milhares de anos luz do astro mais próximo, desconsiderando o sistema solar. Tanto esta sonda quanto a Voyager 1 continuam em ação, enviando incessantemente dados importantes para a Terra, através de um gerador termoelétrico de radioisótopos de alta duração e de um corpo de profissionais devotados, hoje limitado a dez pessoas.

Integra a Voyager 2 um disco confeccionado com ouro, no qual estão gravadas músicas e sons naturais do Planeta Terra, criteriosamente selecionados, os quais totalizam 1h30min de duração, denominado ‘Sounds of the Earth’. A intenção é transmitir para uma potencial civilização alienígena informações sobre os terráqueos.

Esta sonda irá navegar por um amplo território desprovido de elementos antes de atingir outros astros cósmicos. Daqui a aproximadamente 14 mil anos ou mais ela assomará da Nuvem de Oort, uma provável nuvem de cometas, rumo ao espaço entre estrelas completo, absolutamente livre da ascendência do magnetismo solar, assim como a Voyager 1. Dentro de 296.000 anos ela estará a 4,3 anos-luz da estrela Sirius, localizada na constelação de Cão Maior.

Arquivado em: Exploração Espacial
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