Chuva frontal

Mestre em Ensino na Educação Básica (UFG, 2021)
Licenciada em Geografia (UFG, 2003)

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Chuva é a precipitação atmosférica no formato de gotas de água. Ocorre quando o vapor d’água presente nas nuvens, se condensa e transforma-se em gotículas, que por força da gravidade caem em direção à superfície terrestre. No entanto, as chuvas não tem todas a mesma formação. As chuvas são classificadas, para fins de estudo e pesquisa, em três principais categorias distintas:

Vamos conhecer melhor agora este último tipo. As chuvas frontais decorrem do encontro de massas de ar com temperatura e umidade distintas.

Formação das chuvas frontais

As chuvas frontais ocorrem, em geral, quando uma massa de ar quente, carregada de grande volume de vapor de água – ainda não saturado, encontra uma massa de ar frio com baixa umidade. O local onde ocorre esse encontro, é chamado de zona de contato ou zona de frente.

De acordo com a dinâmica atmosférica, o ar frio tem tendência a ocupar as áreas mais próximas à superfície, enquanto o ar quente sobe para as camadas mais elevadas da atmosfera. Este movimento ocorre de forma idêntica quando uma massa de ar quente encontra-se com uma massa de ar frio. No caso da formação da chuva frontal, além do movimento descrito, há uma “troca de temperaturas” entre as massas de ar e a massa de ar quente e úmida acaba por se resfriar, o que ocasiona a condensação da umidade ali presente.

A massa de ar predominante – em geral a de maior extensão e volume – determinará se desse encontro resultará uma frente fria ou uma frente quente. Relembrando que, frente é a zona de encontro da massa de ar frio com a massa de ar quente, que originará a chuva frontal.

Esquema da formação de chuvas frontais por uma frente quente. Ilustração: stihii / Shutterstock.com

 

As chuvas frontais causadas por uma frente fria costumam ser mais fortes e com mais possibilidade de raios. Ilustração: stihii / Shutterstock.com

Características das chuvas frontais

São precipitações, que ao contrário das chuvas de verão (que são intensas e rápidas), possuem duração extensa ou moderada e sua intensidade é baixa – com volume de água suave e contínuo. Sua duração – algumas horas até a alguns dias – tem relação direta com a velocidade de deslocamento da frente fria ou quente. Quanto maior a frente e quanto menor a velocidade de deslocamento da frente, mais demorado será o período de chuvas.

As chuvas ciclônicas ou frontais não possuem um horário predominante, e podem ocorrer durante todo o dia ou vários dias ou parte do dia ou da noite. Sua área de abrangência também costuma ser maior que dos dois outros tipos de chuva, chegando a atingir áreas – no Brasil – que abrangem vários estados.

Quando na previsão do tempo, anuncia a chegada de uma frente fria no país, a maior parte dos espectadores esperará dias de chuva em sua região de ocorrência. Este tipo de fenômeno nada mais é do que uma chuva do tipo frontal.

Em escala global, as chuvas frontais são comuns nas áreas continentais da Zona Temperada do planeta Terra, que compreende a área entre o Círculo Polar e o Trópico, tanto norte quanto sul. Nesses locais, de clima subtropical, as chuvas frontais ocorrem especialmente no inverno.

No Brasil, as chuvas frontais incidem principalmente nas porções central e sul do nosso território. Como no restante do globo, elas tendem a acontecer nas estações mais frias, como o início da primavera, final do outono e no inverno.

Um fenômeno conhecido no Brasil, ocasionado pelas precipitações do tipo frontal, é a “garoa paulistana”, caracterizada por ser uma chuva fina e constante que dura vários dias.

Leia mais:

Fontes:

MENDONÇA, Franscisco. Climatologia: noções básicas e climas do Brasil. São Paulo: Oficina de Textos, 2007.

MORAES, Paulo Roberto. Geografia geral e do Brasil. São Paulo, Editora Harbra, 2ed. 2003.

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