Conferência de Potsdam

Por Luisa Rita Cardoso

Doutora em História (UDESC, 2020)
Mestre em História (UDESC, 2015)
Pós-graduada em Direitos Humanos (Universidade de Coimbra, 2012)
Graduada em História (UDESC, 2010)

Categorias: Segunda Guerra Mundial
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Entre os dias 17 de julho e 2 de agosto de 1945, em Potsdam, cidade alemã vizinha à Berlim, aconteceu a última das reuniões entre os Países Aliados, com a presença de Joseph Stalin, líder soviético; o presidente dos Estados Unidos, Harry S. Truman; e Winston Churchill, substituído nos últimos dias por Clement Attlee, seu sucessor no cargo de primeiro ministro britânico.

Chamados de “Os Três Grandes”, Stalin, Truman e Churchill tinham por objetivo decidir, naqueles dias no Castelo de Cecilienhof, o que seria feito da Alemanha e dos territórios ocupados pelos nazistas, assim estabelecendo novas fronteiras na Europa, bem como a influência das potências vencedoras no continente. Se o combate ao fascismo e ao nazismo tinha unido os Aliados, o fim da guerra trazia um novo cenário em que os interesses eram não só distintos, mas antagônicos. Desenhava-se o início da polarização entre União Soviética, comunista, e Estados Unidos, capitalista.

Além dos Estados Unidos, União Soviética e Grã-Bretanha, houve participação da França e da República Nacionalista da China. Representantes desses países formaram o Conselho dos Ministros dos Negócios Estrangeiros, que tinha por objetivo elaborar os tratados de paz com Itália, Bulgária, Finlândia, Hungria e Romênia.

Mas a maior questão a ser resolvida em Potsdam era referente à Alemanha. Ainda antes da rendição nazista, na Conferência de Yalta, em fevereiro de 1945, os soviéticos haviam proposto que uma indenização fosse paga pela Alemanha aos Países Aliados, sendo que metade do valor indicado seria destinado à União Soviética. O então presidente dos Estados Unidos, Franklin D. Roosevelt, concordou com a proposta, mas seu sucessor, Truman, foi a Potsdam determinado a impor outro acordo: França, Grã-Bretanha, Estados Unidos e URSS dividiriam a Alemanha e cada um dos países poderia explorar os recursos de sua área de ocupação. Truman e seu secretário de Estado, James Byrnes, conseguiram assim evitar que a zona ocupada pelos países ocidentais tivesse que destinar dinheiro aos soviéticos.

Outros pontos acordados em Potsdam foram:

Além da situação da Europa, outra questão abordada em Potsdam foi a rendição japonesa. Em 26 de julho, Truman, Churchill e o presidente do Governo da República Nacionalista da China (Taiwan), Chiang Kai-shek, lançaram a Declaração de Potsdam, cujo conteúdo eram os termos para a rendição japonesa: caso não se rendesse incondicionalmente, o país enfrentaria “destruição imediata e total”.

Referências bibliográficas:
http://www.dw.com/pt-br/1945-confer%C3%AAncia-de-potsdam/a-593737
http://www.history.com/topics/world-war-ii/potsdam-conference
http://guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/potsdam-encontro-dividiu-mundo-434444.shtml
https://history.state.gov/milestones/1937-1945/potsdam-conf

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