Unificação da Itália

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No que se refere à política, a Itália estivera sempre dividida desde a decadência do Império Romano. Naquela época, havia muita rivalidade entre as cidades-estados que formavam o país, além dos reinos menores. Fora isso, a nação sofria constantes invasões, ficando à mercê da Igreja Católica e do Sacro Império Romano-Germânico.

Quando Napoleão Bonaparte, líder político e militar francês, expandiu seu exército pela região da Península Itálica, os ideais de cunho liberal propagados na Revolução Francesa se disseminaram naquela área. Após vários levantes liberais, no ano de 1832, houve a fundação da Jovem Itália, grupo organizado de caráter nacionalista e republicano, que iniciou algumas rebeliões. Porém, a Áustria, que comandava grande parcela da região norte da Itália, reprimiu estas manifestações. O líder e fundador do grupo Jovem Itália, foi Giuseppe Mazzini, genovês.

Entretanto, entre os anos de 1850 e 1860, surge um cenário político ideal para o avanço a unificação italiana. Naquele período, após a difusão de ideais nacionalistas pelo Risorgimento e pelas publicações coordenadas por Cesare Balbo, o Reino de Piemonte-Sardenha inicia um série de reformas realizadas por Cavour, 1º Ministro da Casa de Savoia, que consegue a simpatia dos britânicos. Em 1859, ele consegue firmar um acerto com Napoleão III, declarando guerra à Áustria, que estava abatida após a Guerra da Crimeia.

Desta forma, auxiliados pelos franceses, os italianos realizaram um movimento de expansão de Piemonte direcionado às seguintes localizações: Módena, Toscana, Parma, Lombardia e Romanha, regiões que se uniram à Piemonte. Na região sul, entre os anos de 1860 e 1861, houve a libertação da Sicília e de Nápoles, regiões dominadas pelos Bourbons. O principal nome destas ações na região sul foi Giuseppe Garibaldi. Em outro acordo com Napoleão, Cavour conseguiu ocupar a Úmbria e as Marcas. Posteriormente, ainda houve a anexação da Sardenha, ampliando o processo de unificação.

Entretanto, dois territórios ainda encontravam-se separados politicamente da Itália: Venécia e Roma, que pertenciam, respectivamente, à Áustria e aos Estados Pontifícios. Desta forma, a Itália alia-se à Prússia na guerra Austro-Prussiana, conquistando a Venécia em 1866. Já em 1870, ano em que ocorreu a guerra Franco-Prussiana, o exército francês teve que mover seus homens que protegiam Roma, deixando a região militarmente desguarnecida. Com isso, a área sofre uma invasão italiana. Após cerca de 30 anos de embates, negociações diplomáticas e acordos políticos, a Itália finalmente estava unificada. O caso do Estado do Vaticano foi resolvido com o Tratado de Latrão, em 1929, reconhecendo a soberania da Santa Sé.

Fontes:
COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e geral. São Paulo: Editora Saraiva, 2005.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Napole%C3%A3o_Bonaparte
http://www.historiadigital.org/historia-geral/idade-contemporanea/unificacao-da-italia-e-alemanha/teleaula-unificacao-da-italia-e-alemanha/

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